Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

AME Jonatas. Justiça quer que família devolva dinheiro gasto fora do tratamento do menino

No ano passado, Aline e Renato Openkoski foram indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de estelionato e apropriação indébita | Foto Arquivo Pessoal

Por: Windson Prado

21/06/2019 - 16:06 - Atualizada em: 21/06/2019 - 17:18

O Caso AME Jonatas que ficou conhecido em todo o Brasil teve mais um capítulo importante na Justiça, nesta semana. Na última quarta-feira (19), a Justiça de Araquari, determinou que Ricardo e Aline Openkoski, pais do menino, devolvam à conta da campanha R$ 16.371,19.

Os valores que fazem parte das doações que o pequeno recebeu para seu tratamento e que seus pais, de acordo com o Ministério Público, teriam utilizado de forma indevida. Quem assina a decisão é a juíza da primeira vara de Araquari, Cristina Paul Cunha Bogo.

O pedido de ressarcimento foi feito pelo Ministério Público de Araquari, com o objetivo de garantir recursos para o prosseguimento do tratamento da criança, diagnosticada com AME (Atrofia Muscular Espinhal).

No dia 15 de maio, a família recebeu autorização sacar R$ 31.012 das contas da campanha, para o tratamento de Jonatas. Entretanto, na prestação de contas, o Ministério Público entendeu que R$ 16.371,19 não foram gastos com os cuidados médicos do menino.

“A intimação da parte requerida para que proceda a devolução do valor apontado pelo Ministério Público à fl. 3622, qual seja, R$ 16.371,19, no prazo de 10 dias, haja vista se tratar de quantia utilizada em despesas não autorizadas e/ou não direcionadas especificamente ao tratamento de saúde do infante, sob pena de incidência, em tese, em conduta tipificada no art. 168 do Código Penal (apropriação indébita)”, diz a decisão judicial.

O prazo de dez dias passa a valer a partir de terça-feira (24). Ainda na decisão à juíza autoriza a utilização do dinheiro da conta da campanha, que segue bloqueada, para pagamento de despesas médicas do menino.

Em março, a família que viva em Joinville, e pagava cerca de R$ 2 mil de aluguel em uma casa em um bairro nobre da cidade, mudou-se para um sítio em Araquari. Com isso, o processo que trata das questões na vara da infância e juventude de Joinville, foi remanejado à Justiça de Araquari.

O outro processo, criminal, no qual os pais do menino estão respondendo segue na quarta vara criminal de Joinville.

Nesta sexta-feira (21) a criança completa três anos. Tentamos contato com eles, mas até o fechamento da reportagem ninguém foi encontrado para falar sobre o caso.

LEIA MAIS:

Juiz nomeia dois peritos para avaliar tratamento bancado pela campanha AME Jonatas Caso Ame Jonatas: Aline e Renato Openkoski estão no banco dos réus

Caso Jonatas: Polícia Civil pede prisão do pai do garoto

Polícia Civil conclui investigação do caso Ame Jonatas

Justiça libera dinheiro da campanha AME Jonatas para custeio de aluguel

Pais do pequeno Jonatas Openkoski prestam depoimento em delegacia de Joinville

Investigações do caso AME Jonatas devem ser retomadas pela Polícia Civil em maio

Renato Openkoski, pai de Jonatas, grava vídeo se defendendo e posta em redes sociais

Polícia Civil desmente fake news e diz que não pediu mandado de prisão contra os envolvidos na campanha AME Jonatas

[VÍDEO] Polícia Civil diz que pais de Jonatas levavam vida confortável

Polícia Civil divulga imagens dos bens apreendidos na casa dos pais do menino Jonatas

Terça-feira será dia decisivo para o caso AME Jonatas

Justiça libera parte do dinheiro bloqueado e Jonatas recebe segunda dose de medicamento importado

Bloqueio das contas pode prejudicar tratamento de Jonatas, alega a família

A verdade sobre o caso Jonatas

Bebê Jonatas começa tratamento em hospital de Jaraguá do Sul. Saiba como ajudá-lo

 

Quer receber as notícias no WhatsApp?

 

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Windson Prado

Repórter e editor das notícias de Joinville.