O envolvimento e comprometimento entre a comunidade, empresariado e poder público municipal também reflete na área da saúde em Jaraguá do Sul. O município conta com dois hospitais filantrópicos e que são referências no Estado, cada um em sua especialidade.
Cerca de sete mil pessoas passam todos os dias pelo Hospital São José, que atende toda a região do Vale do Itapocu e em algumas especialidades, como oncologia, o alcance aumenta para todo o Planalto Norte catarinense.
Basta uma informação para mostrar que a instituição é referência na área de saúde em Santa Catarina. Em 2018, o hospital recebeu a certificação que somente 5% dos hospitais brasileiros possuem, sendo apenas três do Estado – o selo da Organização Nacional de Acreditação (ONA).
O selo certifica hospitais que atendem a requisitos, principalmente na área da segurança do paciente. Tecnologia é sinônimo de inovação. Em qualquer área a modernização é necessária para seguir evoluindo e na saúde, com os avanços constantes, essa mudança se torna ainda mais importante.
Esse é um dos pontos para o sucesso do hospital São José, pelo menos, é isso que afirma o diretor do HSJ, Maurício José Souto-Maior.
“Temos um parque tecnológico que não perde para nenhum hospital de nosso Estado”, comenta.
Oferecendo exames de alta complexidade, o hospital acompanha o desenvolvimento e a necessidade de sempre estar atualizado na parte da tecnologia e de pessoal para garantir serviços de qualidade à comunidade.
Oncologia
O trabalho desenvolvido pelo hospital São José no setor de oncologia é referência em Santa Catarina. A unidade realiza tratamentos de câncer e tumores para as regiões Nordeste e do Planalto Norte catarinense.
Os serviços oferecidos englobam as especialidades de oncologia clínica, cirúrgica, quimioterapia e radioterapia. Alfredo Gramm Sobrinho é um dos 25 funcionários que trabalham no setor de radiologia, área que atende cerca de 70 pacientes por dia, das 5h até a meia noite, de segunda a sexta-feira.
Ele explica que são 12 minutos de tratamento e os profissionais apenas mudam a posição e o planejamento do procedimento antes de entrar o próximo paciente.
“É uma demanda muito grande, tem muitas pessoas esperando para receber o tratamento”, destaca o técnico em radiologia.
CDI
No Centro de Imagem do São José, todos os equipamentos tem integração com o sistema de gestão hospitalar, ou seja é um processo robotizado.
De acordo com o técnico de Tecnologia da Informação (TI) da unidade André Nunes Biasi, o CDI está equipado com o primeiro Sistema de Ressonância Magnética com tecnologia digital da região.
Biasi também destaca que diversos setores do hospital tem seu processo automatizado. Por exemplo, quando são feitos exames de amostra, como de sangue e urina, os equipamentos mandam automaticamente para o sistema trazer os resultados do exame.
“Também temos processos onde a atendente de enfermagem coloca o código do paciente e o armário eletrônico só abre a porta correspondente daquele medicamento”, conta Biasi.
Números do Hospital São José
- 7 mil atendimentos por mês
- 900 internações por mês (30 por dia)
- 1000 procedimentos cirúrgicos realizados por mês
- 222 leitos, sendo 20 de UTI
O começo da vida dos jaraguaenses
Fundado por conta das necessidades da comunidade, o Hospital e Maternidade Jaraguá tem enraizado o compromisso de amparar os jaraguaenses desde seu nascimento.
E para isso, a filosofia da instituição consiste em modernizar as instalações e capacitar seus profissionais.
Um simples ato, repleto de amor e que salva vidas: um dos grandes destaques do hospital é o Banco de Leite Humano, que conta com uma média mensal de 40 doadoras e tem a categoria ouro pelo programa Ibero-americano, que reconhece o comprometimento da unidade, dos profissionais e das doadoras.
A enfermeira Lilian Michele Tomelin Boff , diz que o banco de leite consegue uma média de 60 litros por mês e todo o material doado passa por processo de pasteurização e direcionamento adequado.
Lilian afirma que o leite cru dura cerca de 15 dias e, após pasteurizado e congelado, chega até seis meses.
“Na pasteurização, o leite passa por diversos ciclos e por último realizamos o teste de acidez. O leite é destinado para os bebês em que as mães, por algum motivo, não pode nutri-los. Ajudamos tanto internamente, quanto para os de fora”, frisa.
Exemplo
No dia 22 de maio deste ano, nascia de apenas 29 semanas e seis dias, ou seja, sete meses, a pequena Maitê dos Santos. A prematuridade com que veio ao mundo fez com ela e sua mãe passassem por uma batalha para a bebê sobreviver.
Depois de 40 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade, Maitê partiu para Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), também chamada de área Canguru, onde começou a receber os cuidados de uma pessoa que faz de tudo para ver as mães e os filhos sorrirem: Adriana Cardoso.
“É uma área que a mãe se dedica exclusivamente ao filho e à amamentação dele. É um trabalho de formiguinha, onde a mãe batalha pela vida do filho. No final, a vitória é só deles, nós só acompanhamos o processo”, explica.
A UCI é destinado aos recém-nascidos que não podem ficar com a mãe. Porém, o setor busca estimular e manter o vínculo materno, permitindo a entrada livre da mãe.
“Poder ver a minha filha 24 horas por dia só alimenta a minha força para seguir lutando pela vida dela”, finaliza a mãe de Maitê, Graciela Priscila dos Santos.
Administração investindo em saúde
Amparado por dois hospitais referências no Estado, a tarefa da administração municipal fica um pouco mais fácil.
Jaraguá do Sul mantem 30% dos valores investidos em saúde e, segundo dados do Conselho Federal de Medicina, nos últimos cinco anos, investiu por ano mais de R$ 500 para cada habitante.
O secretário Municipal de Saúde Alceu Moretti, diz que é preciso ter um gasto inteligente e programado para obter melhores resultados com os recursos. Em seis meses de gestão,
ele afirma que sua equipe conseguiu resultados significativos.
“Fizemos diversas campanhas e mutirões para diminuir a fila de espera da atenção básica de saúde do município. A ideia é continuar realizando ações similares”, diz.
O secretário também comenta que a instalação de um curso de medicina em Jaraguá do Sul tem que ser comemorada, pois novos profissionais estarão sendo capacitados na região para atender a população no futuro.
Números em 2019
- 250 mil consultas na atenção básica
- 70 mil consultas com médicos especialistas, ginecologistas, neurologistas, pediatras, entre outros.
- 150 mil atendimentos na farmácia básica e especializada
- 150 mil vacinas e 200 mil atendimentos de vigilância epidemiológica
- 1,5 mil pequenas cirurgias
Confira o especial completo de 143 anos de Jaraguá do Sul
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