Jaraguá do Sul já passou por grandes transformações durante os seus 143 anos, principalmente por planos de inovações na área urbana e arquitetônica.
Quando se trata de projetos visando o bem-estar da população, o município faz bonito e, aos poucos, vai construindo o seu legado para se tornar a cidade dos sonhos.
Quem um dia imaginou que o município iria inaugurar lá no ano de 2007 um complexo multiuso que recebeu um evento da maior organização de MMA do planeta, o UFC?
Ou até mesmo, a construção de uma igrejinha no alto do Morro Boa Vista? Projetos como esses fizeram crescer fortemente o turismo na cidade e mudaram a rotina de milhares de jaraguenses que tiveram mais opções de lazer para desfrutar.
Em 2019, novos espaços estão sendo planejados, como o Parque Ambiental e o Parque Via Verde. Agora, você já imaginou como será a Jaraguá do futuro?
Confira alguns projetos criados por jovens profissionais como trabalho de conclusão de curso universitário que ilustram as ideias que a nova geração tem para a cidade.
Os projetos são sugestões e, a princípio, não existem planos para que eles saiam do papel, ok? Mas vai que saem um dia!
Aberto a novas ideias
E porque não um projeto inovador na área da saúde? Foi exatamente assim que a arquiteta Camila Laís Gruber imaginou quando projetou a construção de um centro de apoio às pessoas com câncer em Jaraguá do Sul.
A unidade seria um espaço não clínico, para que familiares e pacientes fossem acolhidos durante o dia, de forma a proporcionar diálogos e trocas de experiências em um ambiente favorável.
De acordo com Camila, a cada dia cresce o número de diagnosticados com câncer no Brasil. E, passada a fase de descoberta, começa a etapa de tratamento hospitalar, onde há muito desgaste físico, tanto do paciente quanto dos acompanhantes e familiares.
“Eu tentei pensar em como trazer o público que não convive com a doença para dentro da unidade e ter a oportunidade de ver o câncer com outros olhos”, explica.
Pensando em todos os detalhes, o trabalho prevê um restaurante público, auditório para palestras, aulas de dança e demais atividades para os pacientes.
O Centro de Apoio ficaria localizado na Rua Guilherme Weege, em um terreno na área central da cidade, próximo ao Hospital e Maternidade São José.
Um novo presídio
Assim como Camila, existem outras pessoas que estão pensando longe e visando uma Jaraguá moderna no futuro. Nos moldes que o arquiteto Luiz Fernando Simes projetou para o município, a cidade mais pacífica seria avançada até demais.
Em seu projeto, Luiz visionou construções penais com um diálogo com a cidade. Desta forma, o trabalho parte da implantação de uma nova unidade prisional em Jaraguá do Sul.
Segundo Simes, a ideia é quebrar paradigmas de que uma penitenciária deve ser afastada do meio urbano. No projeto, a comunidade também agiria no processo de reabilitação do apenado.
Na opinião do arquiteto, a mudança de cenário ajudaria nas superlotações. De acordo com ele, uma vez que a reabilitação é bem-sucedida, o índice de reincidência diminui.
“Ao aproximar a unidade penal, trazemos interação e não o oposto que acontece hoje em dia, onde o presídio afastado de tudo gera o esquecimento da pessoa encarcerada, desconectando ela da sociedade o que, no futuro, vai prejudicar a sua reinserção na comunidade”, avalia.
Espaço para empreender
Outra novidade que o projeto contempla é a implantação de edifícios de escritórios, prédios com serviços públicos, a nova sede do Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul, uma galeria de arte, um hotel e diversas salas comerciais para varejo dentro do próprio complexo onde seria localizado o presídio.
O terreno prevê também uma praça memorial. Além disso, o espaço teria áreas abertas para recreação da comunidade e com locais para quadras de esporte.
Inovação e religião caminhando juntas
A construção de um templo com o estilo arquitetônico da Chiesetta Alpina foi uma obra importante para o Senhor do Vale. Localizado no alto do Morro Boa Vista, o monumento está instalado em meio a um visual de tirar o fôlego.
Os acadêmicos de Arquitetura Alexandre Maia e Sabrina Farias decidiram criar neste mesmo ambiente um espaço aos jaraguaenses que procuram por paz e tranquilidade: um templo para encontros, cultos e reflexões.
Quatro fontes de água instaladas nos arredores quebrariam o silêncio quase que absoluto do local. Assim seria a criação do centro ecumênico, um lugar livre para todos os públicos e crenças, respeitando a individualidade religiosa de cada um.
De acordo com Alexandre, a escolha do conceito foi o principal desafio para a construção de um espaço sem referências religiosas e com materiais que não fossem comuns.
“Jaraguá do Sul tem um grande potencial de crescimento cultural. Desta forma, espero que haja liberdade para que todos os habitantes e visitantes consigam desfrutar dos locais que respeitam a sua individualidade”, acredita.
Confira o especial completo de 143 anos de Jaraguá do Sul
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