AME Jonatas: Inquérito que indicia pais do menino ainda está em análise no MPSC

Aline e Renato Openkoski foram indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de estelionato e apropriação indébita | Foto arquivo pessoal

Por: Windson Prado

12/09/2018 - 07:09 - Atualizada em: 24/10/2018 - 21:35

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) ainda tenta montar o quebra-cabeça que envolve os supostos crimes praticados pela família Openkoski, no caso AME Jonatas. Desde o dia 31 de julho, a delegada da Polícia Civil de Joinville, Geórgia Bastos, concluiu a investigação e indiciou Aline e Renato Openkoski pelos crimes de estelionato e apropriação indébita.

O casal, segundo a investigação, teria utilizado os recursos arrecadados pela companha AME Jonatas em benefício próprio e levava uma vida de ostentação. Eles ainda podem ser investigados por crimes de lavagem de dinheiro, segundo a delegada.

O inquérito agora está nas mãos da promotora do MPSC, Diana Spalding Lessa Garcia. Ela analisa os documentos coletados pela Polícia Civil e deve se manifestar ainda este mês. O órgão pode denunciar os pais do bebê, pedir mais diligências à Polícia Civil ou solicitar o arquivamento do processo.  Caso haja denúncia, Renato e Aline passam a ser réus e terão que responder as acusações perante à Justiça.

“O caso é um tanto quanto minucioso. Estamos analisando criteriosamente todas as provas, conversas telefônicas, dados bancários e demais informações do inquérito para montar este quebra-cabeça. Já pedi à delegada novos esclarecimentos e minha intenção é me manifestar sobre a denúncia até o fim do mês”, disse a promotora à reportagem da Rede OCP News, nesta terça-feira (11).

Ainda de acordo com a promotora, muitos dados importantes no processo estão sendo coletados e analisados.

“Estamos organizando estas peças para fazer o embasamento da denúncia. Nem tudo o que foi coletado é crime, por isso precisamos analisar e pontuar bem. É um processo bastante trabalhoso, com muitas interceptações telefônicas. Outra dificuldade que estamos tendo é de buscar informações que estavam em redes sociais, as quais foram deletadas”, completa Diana.

O que sobrou do R$ 4 milhões arrecadados pela campanha AME Jonatas seguem bloqueados pela Justiça e o casal só consegue ter acesso ao dinheiro quando comprovam a utilização dos recursos. Jonatas segue o tratamento de saúde para Atrofia Muscular Espinhal em Joinville. A família não foi localizada para falar sobre o caso.

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