Em muitos de nós, o desejo de viajar e conhecer outras culturas surge ainda na infância, mas, nem todos colocam como objetivo da vida adulta visitar 50 países antes de chegar aos 40 anos. Esta é a meta do jaraguaense Eduardo Mira, hoje com 37 anos.
“Lembro que quando meus pais falavam de viajar para qualquer lugar, como Aparecida do Norte, ou até para a praia, algumas semanas antes eu já ficava ansioso, já ficava na expectativa”, recorda.
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O pequeno e sonhador Eduardo cresceu e aos 25 anos fez o primeiro mochilão. Alguns meses antes, em 2006, durante sua formatura no curso de Administração, um amigo do jaraguaense lhe propôs que fizessem uma viagem. Mas o assunto esfriou.
“Um dia ele me mandou o itinerário [roteiro da viagem], disse que tinha pesquisado e que eu teria que depositar uma quantia até no fim de semana para ir para Europa”, acrescenta Mira. E assim, de forma inesperada, o jaraguaense começa suas aventuras pelo mundo. Foram 21 dias e 10 países.
Jaraguaense pedindo carona na Grécia | Foto: Arquivo Pessoal
Eduardo diz que quando a viagem é mais longa costuma fazer em cerca de 40 dias, pois, geralmente, perde-se pelo menos dois dias de trajeto, para ir e voltar.
Além disso, outra prática que mantém é a de conhecer mais países na mesma viagem. “Em 2017, por exemplo, eu fui para o sudeste asiático, aproveitei e conheci cinco países”, comenta. O mesmo aconteceu no ano seguinte, 2018, na América Central.
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- Costa Rica está entre os lugares que Eduardo passaria mais tempo em viagens ou até mesmo para morar | Foto: Arquivo Pessoal
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- Eduardo diz preferir lugares que tenham clima parecido com o brasileiro | Foto: Arquivo Pessoal
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- Apesar do clima tropical, a América Central em lugares altos a temperatura é fria | Foto: Arquivo Pessoal
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- Foto: Arquivo Pessoal
“São lugares que você não volta com frequência, digamos assim, então tem que aproveitar para conhecer o maior número de culturas possíveis enquanto você está nessa região”, explica Mira.
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Para ele, tanto a melhor, quanto a pior experiência, ocorreram na mesma viagem. O país que mais lhe chamou a atenção positivamente, foi a Costa Rica; já Honduras, vai ficar na memória do jaraguaense de forma negativa.
“Na Costa Rica eu vi muitas coisas que eu gosto: praia, natureza, alguns lugares mais altos que também são frios. O clima tropical, parecido com o brasileiro, fez com que eu me identificasse bastante. Com certeza eu estenderia mais tempo lá ou até morar, ou fazer um intercâmbio.
Em Honduras, nós iriamos passar por uma das cidades mais perigosas do mundo. Já na entrada tentaram extorquir a gente, então já tinha um clima meio apreensivo. Honduras acabou sendo um lugar que realmente não chamou a minha atenção e que talvez eu não voltaria”, relata Eduardo.
O livro
A ideia de escrever um livro surgiu em 2015, depois de várias sugestões de amigos e parentes. “Sempre que eu ia em algum churrasco ou festa, o pessoal perguntava ‘ah, por que você não escreve um livro’ ou ‘por que não começa um blog’, ai eu acabei me empolgando”, afirma Mira.
Contratempos foram surgindo e a obra foi sendo deixada de lado por um tempo. Além disso, o jaraguaense precisava encontrar a melhor forma de produzir o livro: arrecadar dinheiro para fazê-lo de forma independente ou procurar uma editora?
Escolheu a primeira opção e em 2019 decidiu que havia chegado o momento para lançar o livro.
A Palestina foi um dos países que Eduardo conheceu durante o intercâmbio | Foto: Eduardo Mira
Em Viajando o mundo vencendo medos, Eduardo conta as aventuras que viveu durando oito meses, entre 2011 e 2012, em intercâmbio na Espanha.
Além do país onde viveu por este período, ele também passou por Andorra, Marrocos, Eslovênia, Eslováquia, Palestina, Israel, Jordânia, Turquia, Grécia, Romênia, Bulgária, Hungria e Itália. Por já estar fixado na Europa, conhecer tais países se tornou algo mais fácil.
Tour em Sofia, na Bulgária | Foto: Arquivo Pessoal
“Você pega um trem ou até mesmo um avião, porque os voos dentro da Europa são bem baratos”, complementa.
No livro, o jaraguaense fala além das viagens e lugares que conheceu, das pessoas que passaram por sua vida naquele período e das experiências boas e ruins que teve.
Para ele, um dos episódios mais cômicos da viagem foi quando policiais o pararam durante a travessia em uma ponte na Turquia. Mira só descobriu depois de retornar para casa, mas naquela ponte não se pode andar a pé, apenas dentro dos carros.
Foto feita por um dos policiais que parou Eduardo na ponte na Turquia | Foto: Arquivo Pessoal
Isso, porque muitas pessoas vão até lá com intenção de pular, o que não era o caso do turista perdido. Por conta disso, Eduardo foi parado duas vezes por viaturas policiais e na segunda o colocaram em um ônibus que o deixou no primeiro ponto depois de sair da ponte.
No livro ele escreve: “Tava explicado o desespero dos policiais e os olhares atentos dos populares, exceto pelo riso daqueles que imaginavam que eu era um turista completamente desinformado”.
Como adquirir
Por enquanto, a única forma de adquirir um exemplar é entrando em contato diretamente com o autor. Hoje, o jaraguaense mora em Porto Belo, mas vem com frequência a Jaraguá do Sul para visitar a família, além de fazer a entrega de livros.
Você pode solicitar Viajando o mundo vencendo medos através do Facebook, Instagram, pelo e-mail emmira82@gmail.com ou em e-book no site da Amazon.
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