A chegada de um bebê é um momento repleto de emoções e transformações para a mulher. No entanto, junto com as alegrias da maternidade, muitas mulheres enfrentam a queda capilar no pós-parto, um fenômeno conhecido como eflúvio telógeno. Essa condição é temporária, mas pode ser motivo de preocupação para as mães de primeira viagem.
Segundo a médica tricologista Márcia Dertkigil, a perda excessiva de fios ocorre devido às alterações hormonais que acompanham a gravidez e o pós-parto. “Durante a gestação, os níveis elevados de estrogênio mantêm os fios na fase de crescimento por mais tempo. No pós-parto, há uma queda abrupta desses hormônios, levando os cabelos a entrarem em fase de queda simultaneamente”, explica a especialista.
A queda capilar geralmente começa entre dois e quatro meses após o parto e pode durar até seis meses. Embora essa perda de cabelo seja normal, algumas medidas podem ajudar a minimizar os efeitos e acelerar a recuperação dos fios.
A alimentação balanceada é um dos fatores fundamentais para a saúde capilar. “Uma dieta rica em ferro, zinco, vitaminas do complexo B e proteínas é essencial para fortalecer os fios”, afirma a tricologista. Além disso, manter a hidratação e utilizar produtos adequados ao tipo de cabelo são práticas recomendadas para preservar a saúde do couro cabeludo.
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Outro aspecto importante é a redução do estresse. O puerpério pode ser um período de grande demanda emocional, e o estresse pode agravar a queda capilar. “Praticar atividades relaxantes e ter momentos de descanso contribuem para o equilíbrio do organismo”, destaca a especialista.
Em alguns casos, a suplementação de vitaminas e minerais pode ser necessária para suprir eventuais deficiências nutricionais, sempre com orientação profissional. Além disso, tratamentos dermatológicos, como laser e microagulhamento, podem ser indicados para estimular o crescimento dos fios e fortalecer o couro cabeludo.
Para mulheres que já apresentam condições prévias do couro cabeludo, como alopecia androgenética ou alterações cicatriciais, existem técnicas e medicações que podem ser utilizadas para ancorar os fios, mesmo durante a gestação e lactação. “Hoje, não há necessidade de passar por esse período sozinha, pois contamos com recursos eficazes para todas as fases – gestação, pós-parto e lactação. O acompanhamento com um especialista pode fazer toda a diferença na recuperação capilar”, reforça a Dra. Márcia Dertkigil.
A boa notícia é que, na maioria dos casos, os cabelos voltam a crescer naturalmente e retomam seu ciclo normal de desenvolvimento em torno de um ano após o parto. “O acompanhamento com um especialista é essencial para avaliar cada caso e indicar o melhor tratamento, garantindo a recuperação capilar da maneira mais saudável possível”, conclui a médica.
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