Delegado da Homicídios fala sobre reconstituição da morte da Jovem Gabriella

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por: Windson Prado

06/08/2019 - 11:08 - Atualizada em: 06/08/2019 - 11:49

Pela primeira vez Leonardo Natan Chaves Martins, 21 anos, investigado como suspeito de atirar contra a companheira, pode mostrar sua versão dos fatos na prática. Nesta segunda-feira (5), ele, juntamente com a equipe da DH (Delegacia de Homicídios) de Joinville e técnicos do IGP (Instituto Geral de Perícias) e retornaram à casa em que Gabriella Custódio Silva, 20 anos, foi morta, em Pirabeiraba, para fazer a reconstituição do crime.

Conforme o delegado que comanda o inquérito criminal, Eliéser José Bertinotti, Leonardo demostrou na prática uma versão bem similar com as declaradas em depoimento, na delegacia.

“A reconstituição é um exame pericial muito importante na investigação. No dia em que Gabriella morreu, Leonardo estava com a mãe em casa, por isso, os dois participaram da reconstituição. A perícia acompanhou tudo e deve emitir um parecer se os relatos de Leonardo e da mãe, são compatíveis com as provas técnicas da cena de crime e necropsia”, informou o delegado à Rede OCP News.

De acordo com Bertinotti, o prazo da perícia técnica para conclusão deste laudo é de 10 dias. Depois disso, a DH tem mais cinco dias para concluir a investigação.

“O caso segue sendo investigado como feminicídio. A prisão de Leonardo não está descartada, mas, por enquanto, como ele atende a uma série de quesitos legais, responde ao inquérito em liberdade”, complementou o delegado da Homicídios de Joinville.

Ainda conforme o Eliéser Bertinotti, em vários momentos da reconstituição, Leonardo se emocionou bastantes.

No fim de semana, familiares e amigos de Gabriella fizeram uma manifestação no Centro de Joinville cobrando celeridade e Justiça.

Contraponto

Pedro Wellington Alves da Silva, advogado que faz a defesa de Leonardo, conversou com a reportagem da Rede OCP News nesta terça-feira (6). Ele disse que não irá se manifestar a respeito da investigação até o término do inquérito, mas adiantou que Leonardo pode conversar com a imprensa e apresentar sua versão dos fatos, nas próximas semanas.

“Leonardo ainda está muito traumatizado com que aconteceu, a situação da perda, pressão popular e a da família da vítima. Por isso, passa por tratamento psicológico. Ao término da investigação, que já está em sua reta final, cogitamos a possibilidade de ele atender à imprensa e apresentar sua versão do de como tudo aconteceu”, explicou Silva.

Depois da morte de Gabriella, Leonardo, que atua como representante comercial, não conseguiu voltar ao trabalho. Ele também não teve mais contato com a família da companheira.

Quanto ao fato do caso ainda estar sendo investigado como feminicídio e não como acidente, Pedro Wellington Alves da Silva é enfático. “Isso não nos preocupa. Neste momento cabe a polícia investigar a todas as possibilidades e nós rebater, mostrando o que de fato aconteceu na versão de Leonardo”, finalizou.

Gabriella tinha 20 anos | Foto Redes Sociais

Entenda o caso

  • Gabriela Custódio Silva e Leonardo Natan Chaves Martins eram amigos de infância. Namoravam há alguns meses e a seis decidiram morar juntos.
  • A morte de jovem ocorreu no dia 23 de julho, na casa dos pais de Leonardo. De acordo com a versão apresentada por ele, ele manuseava uma pistola quando a arma disparou. O tiro atingiu o peito de Gabriella.
  • Leonardo colocou a companheira no porta-malas do carro e seguiu até o pronto-socorro do Hospital Bethesda. Lá, após deixar Gabriella com a equipe de enfermagem, ele decidiu ir embora. A jovem, segundo os médicos, já chegou sem vida ao hospital.
  • Ele ficou desaparecido por dois dias depois, acompanhado de advogado, se apresentou na Delegacia de Homicídios de Joinville alegando que tudo foi um acidente.
  • Leonardo disse que contou com a ajuda do pai para descartar a arma do crime no Canal do Linguado, em São Francisco do Sul.
  • A família de Gabriella não acredita nesta versão.
  • O caso vem sendo investigado como feminicídio.

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