O Vale do Itapocu é um paraíso em meio à Mata Atlântica, com muitas belezas naturais, as cachoeiras e rios da região ganham destaque durante o verão. Sem praias muito próximas, a população recorre a esses locais para se refrescar e fugir das altas temperaturas da estação.
Procurando por um local como esse para passar a tarde do ultimo sábado (19), a crediarista Jessica Regina Alves, 21 anos, foi com a família até a cachoeira do Wagner, na estrada Jacu-Açu, em Massaranduba.
Tudo estava bem até que seu irmão, Luan, esbarrou em um tronco de árvore e foi atacado por um enxame de abelhas.
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Em meio ao desespero, o jaraguaense de 14 anos se jogou no rio para escapar do ataque e quando o restante da família percebeu o que estava acontecendo, todos correram para lugares mais afastados.
De acordo com o relato de Jessica, quem ficou para traz foi o cachorro, que não conseguiu fugir e acabou vindo a óbito devido ao grande número de picadas.
“Todos nós levamos mais de 10 picadas de abelha. Uma moradora próxima ao local contou que antigamente um senhor cultivava esses animais naquele espaço e após a morte dele, elas permaneceram ali. Acho que deveria ter uma sinalização para evitar que acidentes como estes ocorram novamente, poderíamos ter morrido”, conta a jovem.
Para o chefe de equipe do Corpo de Bombeiros de Jaraguá do Sul, Everson Draeger, a população precisa se informar antecipadamente sobre os locais que frequentam em meio à natureza para evitar acidentes.
“Tem muitas propriedades privadas na região que oferecem segurança aos banhistas, alguns desses locais contam também com equipes de bombeiros a disposição da população e pessoas especializadas dando orientações e avisos de possíveis riscos, pedimos que a população dê preferência a esses locais”, afirma.
Além de estar atento ao entorno do local e lembrar que existem animais de diversas espécies em lugares de mata, o chefe de equipe avisa sobre a famosa tromba de água, termo utilizado para nomear um acontecimento frequente na região: quando chove em algum local acima da cachoeira e ocorre uma inundação repentina no rio abaixo, trazendo pedras, pedaços de árvores.
O fenômeno climático aumenta repentinamente o nível de água do rio, o que oferece um grande risco as pessoas que estão se banhando.
As chances de ocorrência aumentam no período chuvoso, destacando que a chuva não acontece no local específico aonde as pessoas estão se banhando – observar o nível do rio e presença de sujeira pode ajudar, mas o ideal é evitar os banhos quando perceber o tempo fechado.
Dicas para aproveitar com segurança
O bombeiro Everson Draeger dá algumas dicas para evitar riscos na hora de um banho de rio ou cachoeira:
- Verificar se o local é propicio para banho;
- Verificar a profundidade do rio, principalmente para evitar acidentes com crianças;
- Ter cuidado redobrado em locais com muitas pedras escorregadias para evitar quedas;
- Estar atento aos animais silvestres encontrados na região;
- Observar o nível do rio e verificar a previsão do tempo antes de sair de casa, evitando estar na água durante a chuva.
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