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Pesadelos: o que os sonhos revelam sobre a saúde do cérebro

Foto: Freepik

Por: Priscila Horvat

01/04/2025 - 13:04 - Atualizada em: 01/04/2025 - 13:25

Durante o sono, principalmente na fase REM (movimento rápido dos olhos), o nosso cérebro está em plena atividade, processando emoções e consolidando memórias, e é nessa hora que os sonhos acontecem. Áreas que são ligadas a emoção, como a amígdala e a memória como o hipocampo, são ativadas, enquanto o córtex pré-frontal, que influencia na lógica e no raciocínio crítico, permanece mais inativo. Sendo assim, já que nesse período o cérebro está reorganizando as memórias e emoções, sem a interferência do pensamento racional, os sonhos podem ser menos intensos e muitas vezes até mesmo sem sentido.

Segundo especialistas, os pesadelos podem ser sinais de que o emocional não está bem e associados a condições como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), ansiedade e até depressão. A repetição de episódios assim pode ocasionar em um desequilíbrio na maneira como o cérebro está lidando com o estresse ou trauma. Entretanto, os sonhos vívidos podem ser uma manifestação de que o REM está funcionando corretamente, mas também pode ter sido influenciado por distúrbios do sono ou pelo uso constante de medicamentos.

Já os sonhos agradáveis indicam uma boa regulação emocional e são um sinal de que o cérebro está processando as experiências diárias de uma maneira saudável, o que ajuda a reduzir sintomas de ansiedade e melhora a saúde mental.

A neurocientista Drª Emily Pires explica: “Os sonhos, especialmente os pesadelos, podem ser uma janela importante para entender o que está acontecendo com a saúde mental, ficar atento a esses sinais e garantir um sono reparador é essencial para manter o cérebro funcionando de maneira saudável”.

Uma abordagem que tem se mostrado muito eficaz na observação da complexidade e dos diferentes estímulos do cérebro humano é o neurofeedback, uma técnica que permite ao cérebro reorganizar seus próprios padrões e, com isso, trazer melhorias significativas para diversos transtornos e condições de saúde mental. Sendo assim, o neurofeedback, pode ser um grande aliado, proporcionando benefícios duradouros para o bem-estar psicológico e neurológico.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.