O Brasil vem enfrentando temperaturas superiores a 40ºC, com sensações térmicas ainda mais elevadas e com o calor cada vez mais difícil de aguentar.
Especialistas alertam que há um limite para o calor que o corpo humano consegue suportar, e o risco de problemas de saúde cresce conforme a temperatura sobe. Mas qual é esse limite?
Estudos indicam que temperaturas acima de 42ºC já representam risco para o corpo humano. Em testes controlados, jovens saudáveis começaram a sofrer impactos nessa faixa térmica.
No entanto, no mundo real, o limite pode ser ainda menor, variando conforme idade, presença de doenças crônicas e condições ambientais, como a umidade do ar.
Uma pesquisa da Universidade Penn State (EUA) aponta que o corpo humano começa a atingir seu limite em 31ºC com umidade de 100%. Isso porque a transpiração, nosso principal mecanismo de resfriamento, se torna ineficiente em ambientes muito úmidos, dificultando a regulação térmica e intensificando a sensação de calor.
Resistência ao calor varia por região
O organismo se adapta ao ambiente onde vive, o que explica por que a tolerância ao calor varia entre regiões.
Em São Paulo, por exemplo, as pessoas começam a sentir desconforto térmico a partir dos 28ºC, enquanto em Teresina, onde o clima é naturalmente mais quente, moradores suportam melhor até os 34ºC.
O recorde de sensação térmica no Brasil
A sensação térmica, que leva em conta fatores como umidade e vento, é uma métrica mais precisa do impacto do calor no corpo do que a temperatura absoluta.
No dia 17 de março de 2024, o Rio de Janeiro registrou a maior sensação térmica já documentada no Brasil: 62,3ºC, na estação de Guaratiba.
Já a temperatura mais alta oficialmente registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) foi de 44,8ºC, em Araçuaí (MG), no dia 19 de novembro de 2023.
Segundo a MetSul Meteorologia, um recorde semelhante foi registrado em Nova Maringá (MT), nos dias 4 e 5 de novembro de 2020.
Com eventos climáticos extremos se tornando mais frequentes, o calor intenso pode se tornar um desafio crescente para a saúde pública.
Especialistas recomendam hidratação constante, evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e buscar ambientes ventilados para minimizar os riscos das ondas de calor.
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