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Antes de vestir o branco do Vaticano, papa Francisco foi faxineiro, químico e segurança de bar

Foto: Nuno Veiga/Pool/Agência Lusa/Agência Brasil

Por: Priscila Horvat

25/04/2025 - 11:04 - Atualizada em: 25/04/2025 - 11:52

Antes de se tornar o líder da Igreja Católica, o papa Francisco, ou melhor, Jorge Bergoglio, teve uma juventude marcada por experiências profissionais bem distantes do altar. Entre os trabalhos que já desempenhou estão os de faxineiro, operário em laboratório químico e até segurança de bar em Buenos Aires, na Argentina, seu país de nascimento.

A revelação foi feita em dezembro de 2013, durante uma visita à paróquia de San Cirillo Alessandrino, nos arredores de Roma. Menos de um ano após sua eleição como papa, Francisco compartilhou com os fiéis um pouco de sua história antes da vida religiosa. “Isso me ajudou a entender as pessoas e a me explicar. Por meio dessas experiências, entendi como encorajar aqueles que se afastaram a retornar à Igreja”, afirmou.

Segundo o biógrafo Austin Ivereigh, no livro Francisco: O Grande Reformador, o jovem Bergoglio começou a trabalhar aos 15 anos, incentivado pelo pai. Seu primeiro emprego foi como faxineiro em uma empresa de contabilidade, onde depois passou a ajudar em tarefas administrativas. Em seguida, atuou em uma fábrica de meias próxima de sua casa, conciliando trabalho com os estudos.

Mais tarde, depois de concluir um curso técnico de química, trabalhou no laboratório Hickethier-Bachmann, no elegante bairro da Recoleta, em Buenos Aires. O endereço, onde hoje funcionam uma imobiliária e uma loja de roupas femininas, foi palco de uma fase importante da juventude do papa. “Jorge trabalhava no laboratório químico Hickethier-Bachmann. O local ficava na esquina da avenida Santa Fé com a rua Azcuénaga e, além disso, em algumas noites, ganhava um extra trabalhando como porteiro em bares de tango”, escreveu o biógrafo.

Os bares onde trabalhou como segurança não são mencionados em sua biografia, mas os estudiosos acreditam que ele trabalhou na região boêmia de Boedo, conhecida por sua tradição no tango portenho, uma paixão assumida do papa durante sua juventude.

Mesmo antes de entrar para o seminário, ele já tinha clareza de sua vocação. Um colega de escola contou a Ivereigh que Francisco dizia: “Mas não vou ser sacerdote em nenhuma basílica; vou ser jesuíta, porque quero ir aos bairros, às favelas, para estar com as pessoas”.

Em 1958, ele ingressou no noviciado da Companhia de Jesus. Após estudos no Chile e na Argentina, formou-se em filosofia e deu aulas de literatura e psicologia em colégios jesuítas de Santa Fé e Buenos Aires. Mais tarde, sua trajetória religiosa culminaria com a eleição como o primeiro papa latino-americano da história.

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Priscila Horvat

Jornalista especializada em conteúdo de saúde e puericultura.