Só para os sensíveis – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

15/02/2023 - 05:02 - Atualizada em: 15/02/2023 - 08:11

Quando digo “sensíveis” quero dizer inteligentes; os sensíveis costumam ser inteligentes. Já adianto à leitora que vou falar de uma mulher conhecidíssima… Antes, quero contar que acabei de ver um documentário sobre “Envelhecimento”, na TV Câmara.

Programa que os jovens tinham que ver, aliás, os jovens “sensíveis” veem, eles sabem que vão envelhecer e que envelhecer bem é a maior das felicidades. Na juventude é fácil espanar os problemas que surgem, mas na velhice, ah, aí o bicho costuma pegar.

Sobre o problema da TV Câmara era isso. Agora, deixe-me falar da tal mulher, lá em cima citada. Essa mulher brilhou por muito tempo como apresentadora na Globo, quando a Globo era GLOBO… Sutil?

Essa loira, opa, deixei escapar que ela é loira, fez incontáveis aparições na tevê, entrevistou milhares de pessoas, ela é reconhecida até no escuro, mas… Envelheceu. E se envelheceu, e sendo mulher, as tevês descartam, não serve mais.

Mulheres na tevê têm que ser lambisgoias titktokers ou de uma beleza provocante… Há exceções? Por favor, me mande os nomes e endereços. Mas voltando à apresentadora, mulher, aguda, inteligente, interessante mesmo… completou 75 anos e me surpreendeu com a revelação que ela fez numa entrevista.

Ela disse (com toda a fama que teve e tem) que se sente em solidão. – “Depois das 6 da tarde ninguém me liga, não tenho com quem conversar”, disse ela. Sacrossanto Maná dos Altares, essa é a pior das “pobrezas” na vida, chegar a uma idade “interessante” e ver-se sozinha, sozinho. Nada pior.

– Ah, e ela ainda disse que nessa idade, essa dos 75 a que ela chegou, é uma idade complicada, todos os dias você fica sabendo de alguém ou de algum conhecido que morreu nessa mesma idade, ou aproximadamente.

Disse que essa consciência do fim abala. Ela tem razão. Mais uma vez é bom lembrar que pensar na velhice se confunde com fazer poupança no banco. Um dia vamos precisar… Contar com o bafo quente de pessoas amigas, queridas, é indispensável à vida e vital na velhice.

Os jovens sensatos sabem disso e já se preparam, tanto para formar a roda de “Amigos” quanto a fazer poupança. É desesperador a pessoa chegar lá adiante na vida, ter todos os recursos materiais de que precisa, mas… Viver em solidão. Aviso dado. Os sensíveis sabem disso.

PSICOLOGIA

Frase do livro – “A essência da autorrealização”, do indiano Paramhansa Yogananda – “É a pobreza espiritual, e não a falta de bens materiais, que está no centro de todo o sofrimento humano”. Concordo sem piscar, todavia, o diacho é definir ou saber como encontrar essa “ausente” riqueza espiritual. Vidas vazias? É o que mais há, e quanto mais dinheiro no bolso, mais desesperos e ansiedades. A saída para essa encrenca está dentro de nós, escondida… Que cada um ache a sua.

FALTA DIZER

A notícia tem alguns dias, mas… Atualíssima. “Esportes eletrônicos não são esportes”. Foi a sentença da ministra do Esporte, Ana Moser. Ela tem toda razão, o jogo de xadrez, por exemplo, nunca foi considerado esporte, por que então as jogatinas viciosas e maléficas à saúde mental seriam “esportes” e a receber dinheiro público? Que os mandriões viciados vão se coçar. Aninha, beijão!

FALTA DIZER

A cada dia novos casos, gente boba, trouxas da vida, caindo nos golpes do amor. São levianos, eles e elas, que entram em aplicativos para encontrar um “amor”. Ferram-se e vão se queixar na polícia. Isso quando as burras não mandam “fotinhos” delas só de calcinhas ou pior… Chantagens da pesada. Trouxas.