Nosso traumático trânsito requer um ‘pisar no freio’ comportamental

Por: Editorial

24/11/2023 - 06:11

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A Organização Mundial da Saúde (OMS), nos revela que acidentes de trânsito representam a 3ª causa de mortes no mundo. O Brasil contribui para essa trágica estatística. De acordo com relatório ‘Status Report on Road Safety’ da ONU, somos o 3º país que mais mata no trânsito. Jaraguá do Sul, lamentavelmente, não tem sido poupada dessa mazela. Guardadas as proporções, nossas estatísticas não são brandas, tampouco, exemplares.

Tendemos, cultural, errônea e inconscientemente, a considerar o acidente de trânsito como sendo uma fatalidade. Não é. Estudos e pesquisas dos órgãos de segurança pública, dão conta de que “um acidente é resultado de uma situação de risco proveniente de um ou mais fatores contribuintes”. Esses fatores adversos, segundo esses estudos, “são relacionados à via, ou meio ambiente, aos veículos e, principalmente, ao próprio comportamento das pessoas, o chamado fator humano”.

Há, então, a falta de atenção como a principal causa, seguida pela desobediência à sinalização e pela direção sob o efeito de álcool. O resultado dessa equação é: “não há paz no trânsito”. Se não bastasse, a sociedade se aproxima do que podemos chamar de ‘colapso paradoxal’, ou seja, quanto mais velozes se tornam os veículos, mais vagarosamente as pessoas se locomovem. Quanto mais seguros e inteligentes, mais vítimas são geradas.

E, na contramão, a capacidade estrutural urbana nunca crescerá na mesma velocidade de produção de veículos. Por isso, para se alcançar a humanização no trânsito e se ultrapassar a mazela da violência, é necessária uma reflexão mais profunda.

O modelo de sociedade da pressa que não leva ninguém, essencialmente, a lugar algum, produz reféns dos veículos com condutores ofensivos. Conclui-se, portanto, que a paz no trânsito, requer um “pisar no freio” comportamental por parte de todos: pedestres, ciclistas, passageiros e condutores.

 

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