Se o mundo fosse, de fato, construído coletivamente, seria mais justo e transformador. Isso não significa que não haja intenção e esforços. Para se ter uma ideia aproximada dessa realidade, pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da própria Organização das Nações Unidas (ONU), apontam que cerca de 15% da população mundial (mais de 1 bilhão) possui algum tipo de deficiência (física, sensorial, intelectual ou psicossocial), sendo que parte considerável não tem acesso aos direitos fundamentais, como a inclusão.
Jaraguá do Sul também está inserida nesse contexto. Estima-se que existam mais de 2 mil pessoas surdas no município. Mas, essa carência social é absorvida com mais dignidade e competência, porque há maior entendimento de que inclusão sempre será uma conquista de relevante sentido quando se vislumbra uma sociedade evoluída. Por isso, no âmbito da educação, observa-se em Jaraguá, uma consciência mais acurada de que a dissimulada desigualdade social, e limitações de toda ordem por parte do Estado, ainda pesam contra a inclusão.
Entretanto, esse peso é arrefecido quando há parcerias, determinação, comprometimento e, sobretudo, respeito ao próximo. Prova disso é a ação da Secretaria de Educação de Jaraguá do Sul que passou a promover, a partir desta terça-feira (21), um curso básico de Libras para seis grupos de alunos e um grupo de profissionais da educação.
O objetivo é o aprendizado da respectiva língua e, por conseguinte, melhor capacitação para acolher e se comunicar com alunos surdos da rede municipal de educação. Significa inclusão na prática.
