“4 Ps” formam o chamado “marketing mix”, que juntos ajudam a criar uma estratégia completa para atrair, conquistar e manter clientes: Produto, Ponto (de Venda), Preço e Promoção.
Isto lembra, embora sob um contexto bem diferente, os “5 Ps”, aos quais as gerações X e Y se submetiam em relação aos seus “superiores”, tanto na esfera familiar, como social e laboral: Pai, Professor, Padre/Pastor, Policial e Patrão.
Sim, a eles, os “5 Ps”, eram atribuídos poderes indiscutíveis, só cabendo aos “subordinados”, total obediência, sem reclamação explícita, sem questionamento das ordens e opiniões em si, sem qualquer sinal de desrespeito, insubordinação ou, ainda sem coragem alguma de “dar as costas”, partir para a fuga ou, muito menos, “não se lixar” para o que foi ordenado.
Voltando a um passado bem lá atrás, em muitas sociedades ocidentais – especialmente aquelas organizadas sob a égide de estruturas rígidas, seja o Estado absolutista, seja a moral religiosa predominante – a “continência” era considerada uma virtude fundamental. Assim, obedecer às figuras de autoridade – pais, professores, chefes e líderes religiosos – era dever natural.
Esta postura de submissão, embora por vezes extrema e até sufocante, garantiu, vale ressaltar, certa coesão social, previsibilidade e continuidade das tradições.
Contudo, ao longo do século XX e início do XXI, observamos uma erosão desta postura, com as gerações passando a questionar valores antes tidos como intocáveis, e o surgimento de uma cultura de contestação que avançou, em muitos casos, para o terreno do desrespeito absoluto.
Logicamente que essa passagem da “continência” (submissão, respeito obediente e reverência às autoridades e normas sociais) ao “desrespeito radical” (ostensivo a valores, princípios e autoridades) não ocorreu sem tensões; gerou conflitos inter geracionais e inaugurou novos desafios à convivência democrática e civil.
Mas quais as raízes desta erosão da submissão ? Vamos lá !!!
Em primeiro lugar, um maior acesso ao conhecimento, com a expansão das universidades, a cultura da crítica e de que certezas absolutas podem ser questionadas. Ainda, maior acessibilidade a livros e internet, dando menos espaço a discursos únicos.
O desafio atual é aprender a resgatar a continência, não a subserviência cega, mas o respeito fundamentado em argumentos, legitimidade e reciprocidade.
Fora isso, conquistas democráticas e de direitos humanos levaram à igualdade perante a lei e, disso, ao exercício de autoridade menos incontestável. Ainda, escândalos religiosos, abusos, perda de credibilidade de chefes políticos e imprensa contestatória, tudo colaborou para o descrédito das autoridades, bem como pós-verdades, fake news e polarizações alimentaram desdéns pelas fontes tradicionais.
Enfim, a transição da continência para o desrespeito total – longe de ser mera rebeldia adolescente – reflete uma mudança cultural complexa, alimentada por educação, tecnologia, política e economia, constituindo-se um progresso libertador, mas, que, se não equilibrada, pode corroer a coesão social e a capacidade de agir coletivamente com confiança.
O desafio atual é aprender a resgatar a continência, não a subserviência cega, mas o respeito fundamentado em argumentos, legitimidade e reciprocidade. Ou seja, não basta repudiar a autoridade antiga; é necessário construir, no presente, novas formas de autoridade – responsáveis, competentes, justas – transmitidas com credibilidade.
E a educação é o palco decisivo desse processo, rumo a um novo pacto social, onde todos – jovens e experientes, inovadores e tradicionais – possam conviver com autonomia responsável e reverência consciente.
É nessa equação equilibrada que emerge a verdadeira liberdade.
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