“Animais também são dignos de respeito e afeto!”

Por: Nelson Luiz Pereira

05/12/2019 - 17:12 - Atualizada em: 05/12/2019 - 17:57

Considerado um fenômeno mundial da nova sociedade humana, também no Brasil o número de animais por lar, tem superado o de crianças. As taxas de natalidade dão conta de que já temos mais animais de estimação do que crianças. A primeira consequência dessa realidade, é que haverá menos crianças com fome e, por outro lado, mais animais abandonados e maltratados.

Isto porque, juntamente com o volume dessa inversão vem o modismo, ou seja, adquire-se um animal por impulso, sem estrutura física e emocional, e depois se descarta. Este tema tem, naturalmente, dividido opiniões e estimulado muitos debates, que vão desde a questão dos direitos até valores e crenças religiosas.

Por conta de nosso perfil de sociedade majoritariamente conservadora e religiosa, soa chocante e inaceitável que o número de animais de estimação tenha suplantado o de crianças. No entanto, a realidade tem apontado que as pessoas vêm vivenciando uma relação mais estreita com os bichinhos, já que a lealdade e afeto se dão naturalmente, não se verificando a mesma intensidade entre os humanos.

Não se concebe mais a expressão do tipo: “é apenas um animal”. Ou então: “os animais não tem sentimentos como os seres humanos”. Oras, mesmo que, aparentemente, não tenham sentimentos, não justifica não terem, concretamente, direitos fundamentais. Também já se fazem irrelevantes argumentos como: “dá-se maior atenção aos animais do que aos humanos”. Que bom se assim fosse, afinal, quem entre os dois é mais vulnerável e vitimado?

A sociedade terá evoluído quando um crime contra um animal for considerado um crime contra a própria humanidade. Teríamos, então, avançado mais um degrau em nossa condição de humanos. Teríamos entendido que esses seres, que nos ensinam a difícil virtude da fidelidade, são dignos de respeito e família. Por ora, aos humanos agressores e violadores dos direitos dos animais, saibam que um animal sofrendo não chora, mas na dor, somos iguais. Respeito aos animais é premissa de sociedades evoluídas.