Precisamos sim de uma postura “aprovada” pela sociedade – Leia a coluna do Prates desta terça-feira (4)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

04/02/2020 - 05:02

O ditado resume de um modo vulgar uma grande verdade: – “Há pessoas que procuram sarna para se coçar”. E o que significa esse ditado? Ora, simplesmente que a pessoa estava numa boa e foi procurar por um problema que até então não lhe existia.

O exemplo mais imediato que me ocorre é a preocupação das mulheres, da estonteante maioria, de achar alguém para casar. Mulher que não casa, ou vive só, é malvista pela sociedade… Hi, aí tem! É o que dizem, e quem mais diz isso são as outras mulheres.

Acabei de ler uma história dessas contada no site UOL.

Uma life coach existencialmente enrolada e ela mesma admitindo isso. Ela deve ter uns 40 anos, talvez menos. Bonita, gostei. Ela já tinha um filho de 18 anos quando encontrou um novo amor. Será? Ela diz que sim.

Não queria mais ter filhos, o “marido” (não sei se casaram ou se ajuntaram, como está na moda) insistia, queria um filho. Ela cedeu, mesmo sem querer.

E por aí vai a história, mas o que mais me chamou a atenção foi a mulher dizer que neste casamento ela perdeu a identidade. Como assim?

Ela diz que gosta de viajar e de viajar sozinha, se possível. O maridão é mais calmo, gostar de ficar em casa… E a coisa se arrasta entre o que ela deseja e o que ela vive, está vivendo.

História comum? Muito comum. E era aqui que eu queria chegar. Casar não é obrigação, é “acidente”, acontece ou não. Mas como disse, uma mulher bonita, 40 anos, dando sopa, solteira? Hummm, aí tem!

É o que vão dizer. Sim, mas por que não dizem isso em relação aos homens? Homem solteiro, dando voltas por aí é esperto; mulher na mesma condição é “suspeita”.

O que quero dizer é que se não houver entre os “candidatos”, ele e ela, um verdadeiro casamento de personalidades, ideias, gostos e desgostos, um encaixe sem parafusos frouxos, neca, peteca. Não deve haver casamento nem ajuntamento.

Vai haver encrenca. Um dos dois, elas mais das vezes, vão dizer que perderam a identidade, que não estão vivendo, que isso e aquilo. E terão razão.

No verdadeiro casamento, um diz mata, o outro enforca… Ditado chulo, mas incontestável. O mais é aventura de alto risco, bem provável que ela, ou elas, percam a identidade.

Negativo

Acabei de ler “O Que Eu Sei De Verdade”, de Oprah Winfrey, a famosa americana da TV.

Certa altura do livro, ela cita o escritor Neal Donald Walsch – “Enquanto você estiver preocupado com o que os outros pensam a seu respeito, você pertence a eles. Só quando deixa de buscar a aprovação externa você se torna dono de si mesmo”.

Negativo, compadre. Precisamos sim de uma postura “aprovada” pela sociedade que nos cerca, ainda que seja uma aprovação silenciosa. Ué, gente!

Crise?

Muitos ordinários discutem a mensalidade do colégio dos filhos, mas não deixam de ter carro ou de trocar de carro. Ouça esta: – “A frota de veículos no Brasil mais que duplicou nos últimos 10 anos”.

Quem disse foi um economista numa emissora do Rio. E esses mesmos pacóvios, bolsos-furados, se queixam do governo e falam de crise… Laço!

Falta dizer

Famílias dos jovens jogadores do Flamengo que morreram no incêndio da concentração do clube se queixam da morosidade da justiça para lhes dar a indenização devida.

Será que se os jovens fossem filhos de “doutores” de anel de rubi no dedo demoraria tanto? Aposto que não e que receberiam mais ainda…

 

Receba as notícias do OCP no seu aplicativo de mensagens favorito:

WhatsApp

Telegram Jaraguá do Sul