Além dos 100 – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

31/08/2022 - 05:08 - Atualizada em: 31/08/2022 - 07:47

Quem é que não quer viver muitos anos e com boa saúde? Será que já nasceu alguém a não querer? Aqui entre nós, chegar aos 100 é para bem poucos. O diacho é que há comunidades com “superpopulação” de centenários. Isso instigou um nutricionista belga a conhecê-los mais de perto.

O nutricionista se chama Michel Poulain, já falei dele aqui outras vezes. Ele foi estudar de perto comunidades remotas na Ásia onde há muitas pequenas cidades, vilarejos, onde você encontra uma pessoa centenária a cada dez passos que der na rua.

O que o Poulain apurou ouvindo pessoas, vendo-as no dia a dia, em resumo é o seguinte: São pessoas que “desconhecem” cigarro e nem sabem escrever a palavra álcool, quer dizer nada de danoso entre os lábios e menos ainda “ácidos” no fígado… São pessoas, essas centenárias que o nutricionista belga conheceu, que comem muitos vegetais, limpíssimos, sem os venenos agrotóxicos que matam silenciosamente os “espertos” das grandes cidades.

Os centenários também comem pouca carne, caminham todos os dias, vão à casa de amigos, ao armazém, aqui e ali, sem carros nem ônibus, vão com os pés no chão. E caminhar, sabemos, é o melhor de todos os exercícios.

Além disso, esses centenários têm intensa vida familiar e comunitária. Vida familiar saudável é o que de melhor nos pode dar saúde, e, junto a isso, vida comunitária, quer dizer, todos os vizinhos são amigos e se dividem nas alegrias e tristezas, sem as mentiras e hipocrisias dos nossos “amigos” aqui das cidades “civilizadas”.

Os centenários também têm elevada espiritualidade, que nada tem a ver com a toxidade das religiões, muitas delas que condenam pessoas ao fogo “eterno” no inferno. Espiritualidade é uma elevação da alma, nada a ver com religiões inventadas e com dízimos orgíacos… E para completar, os centenários asiáticos sabem quase nada de estresse. Claro, não vivem de aparência, vivem bem entre si, não correm atrás dos ventos das vaidades, são, enfim, plenos.

Logo, chegar aos 100 anos para eles é brincadeira… E aí, leitora, quem não pode ter esse estilo de vida? Respondo: aqui entre nós é muito difícil, vivemos cercados de hipocrisias, falsas amizades, raríssima vida familiar, estresse por todos os poros e o caminhar trocamos pelo Uber. Quem semeia ventos, colhe tempestades, dizem, sem dizer, os centenários da sensibilidade.

RISOS

Camarada que numa reunião social se junta a um grupo e logo se “destaca” pelo humor, contando piadas e provocando o riso das pessoas, costuma ser um inseguro, um cabeça vazia, não tem nada a conversar. Psicólogos americanos descobriram, faz tempo, que os humoristas são, regra geral, pessoas infelizes, encrencadas no seu dia a dia. Esses tipos querem se enganar divertindo os outros. A verdade é um remédio muito amargo, que não sorri…

BURRO

O sujeito matou a mulher e o filho, bebê de poucos meses. Um crime desses tantos que andam por aí, amaldiçoados impotentes matando mulheres desatentas. Só que o amaldiçoado, ao ser preso, disse que havia bebido antes do crime e que estava num surto depressivo. Vagabundo, pessoas depressivas não matam outras pessoas, se apagam. Além disso, é claro que o sanguinário não vai pegar a pena que merece. Aposto.

FALTA DIZER

Nunca vi tanta gente nas “tevês” falando em vida familiar, saúde, segurança, emprego e vida melhor como agora. São os “mágicos” das promessas da boca para fora. Ou será que estão falando do que “eles” querem na vida? Queria ouvi-los na minha delegacia, sem máscaras. E como há idiotas que acreditam neles. Merecem!