A história de superação de Epicteto – Leia a coluna do Prates desta quarta-feira (12)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

12/02/2020 - 05:02

Ele é bem velhinho, tenho até dificuldades para calcular a idade dele. Mas esse agora velhinho nasceu como qualquer criança, do ponto de vista biológico, é claro. Fora disso, nasceu escravo, cresceu com amarras de toda sorte. Nada, todavia, o impediu de entrar para a história.

Isso me fascina. – Ah, antes que esqueça, o tal velhinho é Epicteto, filósofo que nasceu sob as chibatas do Império Romano. Escravo e gênio, pensador afinado. Nasceu em 55 d.C. Velhinho, pois não?

Esse Epicteto, que era para ter passado pela vida com um nada, afinal, viveu como escravo, conheceu o peso das chibatas da escravidão, mas foi rútilo, obstinado e tornou-se eterno.

Uma prova de que nenhuma “escravidão” silencia o barulho de uma alma elevada e de um coração pulsátil por ideias de liberdade e vida. Epicteto disse, certa feita, e isso aparece no livro a ele atribuído – A Arte de Viver – que – “Devemos nos concentrar e combater as coisas que estão ao nosso alcance e que não são boas para nós”.

Uma obviedade, pois não? Aí é que está. A vida, a boa e correta vida, não é mais que um somatório de obviedades. E dizendo isso, lhe vou propor uma fantasia. Vamos supor que você fosse a um supermercado com “passe livre” para poder escolher 20 produtos, quaisquer produtos, liberdade total, você escolheria o que bem entendesse, tudo grátis… Certo?

Será que você jogaria essa oportunidade fora escolhendo prendedores de roupa, sabão em pó, tapetinhos para o banheiro e coisas desse tipo? Duvido. Penso que você escolheria bons produtos, produtos de classe elevada, produtos que a iriam fazer feliz, concordas?

Pois é, mas você vive dentro de um “supermercado” parecido com esse e faz, costuma fazer, escolhas erradas, escolhas que não a levam à felicidade… E os produtos desse “supermercado” em que você vive está na sua mente, em forma de pensamentos.

Você pode escolher os pensamentos que bem entender, mas… Costuma escolher os errados, os negativos, os pessimistas… Ora, a conta não vai fechar no positivo.

Concentrar-se no bem, no melhor, no positivo, no “eu posso” é calibrar a mente para o sucesso, não para as apoquentações geradas por “produtos” criados unicamente por sua mente, seus pensamentos ruins.

O que Epicteto disse de um modo afirmemos de outro. Quem do “supermercado” da mente escolher os melhores produtos, pensamentos, será feliz. Simplíssimo.

Males

Falei de um romano aí em cima, vou falar de outro agora, Tito Lívio, 53 a.C. Os romanos foram pródigos em frases magníficas, como esta: – “Dos males públicos só sentimos os que nos tocam”.

Na veia. É a hipocrisia do povo, protege-se com máscaras para evitar infecções, mas tosse e espirra na cara dos outros. O que os outros fazem de errado, gritamos, o que fazemos achamos correto. Humanos, produto errado da Natureza.

Divisão

Eram três cãezinhos amorosos brincando na grama, um por cima do outro, rolando daqui e dali, mordidinhas nas orelhinhas, uma doçura os bichinhos, mas… Veio alguém e jogou um osso entre eles. Pronto, acabou-se o que era doce, os cãezinhos amorosos viraram feras furiosas pelo osso. Qualquer semelhança com irmãos disputando herança é mera coincidência…

Falta dizer

Cortar custos, diminuir pessoal, acumular funções e por aí vão inúmeras empresas… Só que a qualidade dos produtos ou serviços cai, o mercado acusa, recua e os maus administradores queixam-se de crise econômica.

Nada disso, é a administração dos minguados com cortes, demissões e queda de qualidade. Não se queixem. É como um cara que ensina seu cavalo a não comer, quando o cavalo “aprende”, morre… Burros!

 

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