“Mau hálito: causas e prevenção”

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Por: Kellyn Rengel Bertoldi

10/10/2019 - 17:10 - Atualizada em: 10/10/2019 - 17:43

De acordo com a Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais, cerca de 40% da população brasileira sofrem de halitose, sendo 90 e 95% dos casos, transtornos da cavidade bucal. Infelizmente, muitas pessoas com mau hálito não o percebem.

Isso ocorre porque as células do nariz se acostumam com os cheiros após algum tempo. Por isso, velhos truques como fazer concha com as mãos e depois respirar o ar não revelam o problema.

Profissionais e pesquisadores já identificaram mais de 40 causas para o mau hálito. Higiene bucal inadequada é um grande vilão, pois permite que restos de alimentos se acumulem entre os dentes, na língua e na gengiva. Essa concentração de resíduos faz com que as bactérias que já existem naturalmente na boca dissolvam as partículas de alimentos e, assim, liberem substâncias com forte odor.

Outro causador da halitose é a saburra lingual, camada branco-amarelada que se deposita na superfície da língua. Formada por restos de comida, bactérias e células descamadas da boca.

A saburra em si é um acontecimento normal, porém torna-se um problema quando se acumula e permanece no fundo da língua, pois as bactérias presentes ali se aproveitarão dos resíduos alimentares e soltarão enxofre, um gás de cheiro intenso. Outra causa é o cáseo, material igual à saburra que se aloja na entrada da garganta.

A diminuição da saliva, também é um agravante, pois a saliva ajuda na remoção de partículas e resíduos da boca. Esta pode ser causada pela utilização de alguns remédios, cigarro (tem em sua composição derivados de enxofre), álcool (provoca descamação de células bucais, liberando enxofre) e respirador bucal.

Estresse, dietas restritivas e mudanças hormonais também favorecem o mau hálito.

Apesar da grande quantidade de causas, o mau hálito pode ser evitado. Conselhos na alimentação evitando o jejum prolongado, atenção aos alimentos que possam tornar a boca mais seca como: comidas muito salgadas, quentes ou condimentadas; alimentos como cebola, alho, carne vermelha, leite e derivados, frituras e refrigerantes também devem ser moderados.

As recomendações para prevenir o mau hálito no dia a dia são: alimentos fibrosos como maçã, cenoura e cereais, beber mais água e higienizar bem a boca. O consumo adequado de líquidos, cerca de 2 litros por dia, faz com que as glândulas salivares produzam a quantidade adequada de saliva.

Já com relação à higiene bucal, escovar os dentes e usar o fio dental três vezes ao dia, após todas as refeições, limpar a língua (de preferência com limpadores específicos) e usar enxaguante bucal sem álcool.

Diante disso, se está desconfiado que seu hálito não esteja normal, peça para que alguém de confiança lhe avise se está sentindo um odor desagradável. Só o dentista saberá avaliar a boca e identificar de onde vem o problema. Assim como a melhor forma de tratá-lo.

Dra. Kellyn Rengel Bertoldi – Credenciada no Sistema LIVA, cursando especialização em DTM e Dor Orofacial na Universidade Tuiuti – PR. Graduada na Universidade Regional de Blumenau, FURB, em 2002. Desde então, em constante atualização: Curso de Aperfeiçoamento em Oclusão Clínica – Bauru – SP; Capacitação em Human Body Total Care – Regulador Funcional Aragão – SP; Capacitação em Harmonização Orofacial; Capacitação em Atingindo a Excelência em Resina Composta; Capacitação Odontologia do Sono na IEO – Bauru SP, membro do DSM Brasil (Dental Sleep Medice), Capacitação em Odontologia do Esporte – RS, Credenciada da Biologix (Monitoramento Digital da Apneia do Sono).