Mulher produtiva

Foto: Reprodução

Por: Eu, Mulher e Carreira

30/06/2021 - 09:06 - Atualizada em: 30/06/2021 - 09:18

Acolho a queixa de falta de produtividade em meu consultório há muito tempo.

As mulheres chegam relatando que não estão mais dando conta das tarefas, que falta tempo, que as tarefas só aumentam, que estão cansadas, desmotivadas, exaustas e ainda, muitas não se percebem mais capazes de resolver os problemas ou de buscar as soluções. Não posso deixar de trazer aqui a frequente queixa também de aumento de ansiedade e sentimento de estagnação e medo.

Bom, mas o que tudo isso tem a ver com a produtividade?

A forma que eu olho para a produtividade é através da nossa essência e da reconexão com a nossa energia feminina.

Quando conseguimos lidar com as nossas travas emocionais; aquilo que nos impede de resolver e fazer o que precisa ser feito, seguimos de forma mais leve e com maior disposição e energia para a ação.

Nossas travas emocionais nos mantêm, muitas vezes, ligadas à preguiça, reclamação, e com elas a procrastinação. Todo procrastinador, procrastina uma DOR. Essa dor é o que precisa ser olhado e cuidado para que possamos nos sentir mais produtivas. Olhar para a dor é necessário para nos mover e agir. Quando estamos nos sentindo estagnadas, paralisadas, pelo medo, angústia, excesso de controle ou autocrítica, a nossa capacidade de realização fica bloqueada, apagada.

A ansiedade chega em nossa vida, justamente para nos ensinar a entrar em ação. Ela é uma resposta que vem para agirmos, seja por defesa, instinto ou necessidade. Colocar-se em movimento é uma condição necessária para nos sentirmos vivas. Quando impedimos essa ação, seja por preguiça, cansaço, moleza ou birra, estamos agindo com imaturidade psíquica, o que quer dizer, que o nosso lado infantil, aquele que deseja que fiquemos brincando mais um pouco, aproveitando um pouco mais a vida sem responsabilidades, está no comando.

Quando nos sentimos produtivas, é quando conseguimos superar esse ciclo de imaturidade e assumimos a responsabilidade de entrar no jogo e pagar o preço da vida adulta. O preço da realização dos nossos sonhos. Tarefa fácil? Nem um pouco! Mas, é totalmente possível, encarando e reconhecendo nossas travas emocionais, acolhendo a dor que chega e buscando recursos internos para se manter em movimento.

Karine Becker Petelinkar
Psicoterapeuta e Mentora de Mulheres.
@karinebeckerpetelinkar