“O que separa o remédio do veneno é a dosagem” – Leia a coluna do Prates desta segunda-feira (2)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

02/03/2020 - 07:03 - Atualizada em: 29/04/2020 - 13:33

Dizem que o que separa o remédio do veneno é a dosagem. Faz sentido e não é preciso pensar muito. Qualquer coisa boa da vida se for tomada em excesso vira “veneno”. Nem vou longe, apenas lembrar que não vivemos sem água, mas é sabido que água demais afoga… Vale para tudo, até para ter dinheiro, muito dinheiro. Ter muito dinheiro vira encrenca a produzir vazios existenciais, suicídios…

Vamos lá. Nem lhe vou perguntar sobre qual a melhor palavra para a vida, o sim ou o não, nem vou… Claro que é o “não”. – “Ah, Prates, inventa outra, o não é a mais enfática negação da vida, inventa outra”! – Ah, você pensa assim? Então, vamos imaginar que você está a fim de cometer uma loucura, a pior de todas, nem vou dizer qual, mas um amigo, uma amiga lhe pega pelo braço e sacode: “Não, tu não vais fazer isso, tu não és louca, não vais fazer”! Essa frase seria negativa para a sua vida ou a mais positiva de todas? Bolas.

Um menino de cinco anos diz ao pai que vai brincar lá fora, o pai diz sim, podes ir… E o menino sai para brincar no meio da rua, com carros indo e vindo perigosamente… E aí, o sim do pai foi um sim positivo?

Em educação, de modo geral, o não é o que mais educa. O não cerceia, mas esclarece, quando se diz não é preciso dizer da razão. E este é um dos motivos de as crianças e adolescentes andarem por aí demoníacos, regra absolutamente geral, tudo em consequência dos múltiplos “sins” ditos pelos pais e mães paspalhos que andam por aí. Regra geral. Dissessem não para quase tudo e teríamos outra sociedade e jovens saudáveis. “Sim”, mas e as mulheres, Prates? Era aqui que eu queria chegar.

Não basta sair por aí com faixas caricatas de “não é não” e no cotidiano da vida dizer sim para tudo o que os cuecas-úmidas determinam, pintam e bordam. Precisam dizer “não” de nariz empinado e desde o primeiro momento ao lado de um cuequinha-úmida da mamãe, os que andam por aí, generalizadamente. Exceções? Por favor, me faça conhecer uma…

Vou desistir! Não. Vou me matar! Não. Vou fracassar! Não. Se usarmos bem o não, ele será o maior sim de nossas vidas.

Elas

A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (BA) fez-nos saber agora, durante o carnaval, algo que muitos não querem admitir ou noticiar: que as mulheres estão “bebendo” mais que os homens. Aqui também, bah! E só sair por aí e dar uma olhada. E sabes por que elas estão bebendo? Pelas mesmas razões por que os machinhos impotentes bebem nas festas: para se sentirem confiantes e corajosos. Coitados dos impotentes, elas e eles.

Espertos

Dos meus tempos de escola marista… Um dia um professor nos disse em sala de aula que o verdadeiro “malandro” é o sujeito que sai e bebe água mineral o tempo todo, ele sabe onde tem as mãos e no outro dia está a mil… Lembra-se de tudo e não tem encrencas sobre o que fez, fez às claras da mente. Já o boca-aberta bêbedo é um bobão que não vai se lembrar de nada. Trouxa.

Falta dizer

Quando digo que as mulheres não se podem resumir ao “não é não” apenas diante dos abusos “externos”, quero dizer que elas devem adotar esse “não é não” também dentro de casa, com os maridos, mais das vezes uns baita patifes no cerceamento delas. Não é não com todos…

 

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