Seis dias após a morte de Gabriella Custódio Silva, 20 anos, a investigação do crime segue de forma bastante avançada na DH (Delegacia de Homicídios) de Joinville. De acordo com o delegado Eliéser José Bertinotti, a autoria dos disparos que mataram a jovem está definida e o inquérito caminha como feminicídio.
“Leonardo Natan Chaves Martins confirmou em depoimento, tanto na semana passada, quanto nesta segunda-feira (30) que arma disparou sozinha quando ele estava com Gabriella na cozinha da casa dos pais. Mesmo assim, a arma estava com ele e, por isso, tratamos o caso como feminicídio”, disse Bertinotti.
Agora a polícia aguarda os laudos técnicos para entender melhor como tudo aconteceu e confrontar a versão do suspeito com a da perícia.
Além de Leonardo, nesta semana, o pai dele prestou depoimento. Ele disse ao delegado da Homicídios que após dar socorro à Gabriella, o filho estava desesperado e então decidiram ir para uma casa em São Francisco do Sul, até situação de segurança.

Gabriella com a irmã Andreza | Foto Redes Sociais
“No meio do caminho, eles dispensaram a arma do crime, uma pistola calibre 380, no Canal do Linguado. Porém quando pedimos a ambos para irem mostrar o local exato onde isso aconteceu os dois se recusaram”, revelou o delegado.
O pai de Leonardo contou que adquiriu a pistola quando era caminhoneiro, por uma questão de segurança. A arma não era registrada, nenhum dos dois tinha posse.
Prisão de Leonardo não está descartada
Mesmo diante do apelo popular, e da pressão por parte da família de Gabriella Custódio da Silva, Leonardo Natan Chaves Martins segue em liberdade. Contribui para isso o fato dele ter se apresentado na delegacia de forma espontânea, auxiliar para investigação e outras séries de pré-requisitos legais.
“Mas de forma alguma a prisão dele está descartada. O caso segue em investigação até o esclarecimento real dos fatos, com eventual prisão”, enfatizou o delegado da Delegacia de Homicídios de Joinville Eliéser José Bertinotti o à Rede OCP News.

Leonardo confessou que estava com a arma quando ela disparou sozinha | Foto Rede Social
Leonardo e Gabriella eram amigos desde da infância e estavam casados há cerca de três meses.
Contraponto
A reportagem tentou contato com o defensor de Leonardo, o advogado Pedro Wellington Alves da Silva, na tarde desta terça-feira (30), mas ele não foi encontrado para falar sobre o caso.
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