A principais atuações do BC na presidência do Roberto Campos Neto

Foto: divulgação

Por: Coluna Novale

09/10/2024 - 14:10 - Atualizada em: 09/10/2024 - 14:25

Por Raissa Cristina Martini Melo
Veedha Investimentos e Aurum Wealth Management
Empresa instalada no Novale Hub

Na última quarta-feira, dia 02/10, tive a honra de estar presente em um jantar com o Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, que foi organizado pelo meu escritório Veedha Investimentos e pelo nosso Family Office Aurum Wealth, em São Paulo, no Hotel Rosewood.

Para quem não está familiarizado o mandato de Roberto Campos Neto é o primeiro a ser considerado independente. Foi a Lei de Autonomia do Banco Central, implementada em 2021, que garantiu mandatos fixos ao seu presidente para blindar o BC de interferências políticas. Seu mandato finalizará em 2024 e nessa semana tivemos a confirmação de que Gabriel Galípolo será o substituto à partir de Janeiro de 2025 até 2028.

Por este motivo gostaria de dividir os principais pontos do discurso do Presidente Campos Neto e comentar que a pauta tecnológica está em alta. Vamos recapitular seu mandato:

Durante a COVID-19, o Banco Central implementou 17 medidas rápidas para garantir liquidez e capital aos bancos, liberando entre 15% e 20% do PIB. A resposta brasileira foi rápida, comparável a outros países. A queda no crescimento foi menor do que as previsões pessimistas, resultando em uma recuperação econômica mais ágil pós-pandemia.

Com relação aos Desafios Econômicos Globais, a dívida soberana mundial aumentou significativamente, com juros mais altos, especialmente nos EUA, Europa e Japão. O envelhecimento populacional e restrições migratórias estão apertando o mercado de trabalho global, impactando a produtividade, que está estagnada em muitas regiões, exceto em alguns setores de tecnologia nos EUA e Ásia. Ainda há os elevados custos para a transição da Agenda Verde (ESG). E geopoliticamente falando, há um aumento nos gastos com defesa.

No Brasil, a inflação está convergindo para a meta estabelecida. Forte crescimento econômico e aumento do crédito, porém com preocupações sobre a sustentabilidade fiscal e a baixa produtividade. A taxa de juros real do Brasil é alta (em torno de 4,5% a 5%), refletindo a necessidade de frear a inflação e equilibrar a política fiscal e monetária.

E falando da Agenda Tecnológica do Banco Central, ponto alto para o Pix, que gerou inclusão significativa, com 790 milhões de chaves e 240 milhões de operações diárias, facilitando o acesso bancário em áreas remotas para muitos cidadãos brasileiros. Haverá uma expansão das funcionalidades do Pix, incluindo pagamentos por aproximação e integração com carteiras digitais como o Google Wallet.

Desenvolvimento da DREX, uma moeda digital tokenizada que moderniza a intermediação financeira com contratos inteligentes e liquidação instantânea. Implementação do Open Finance para aumentar a comparabilidade e portabilidade de produtos financeiros, promovendo competição e eficiência no mercado. E a criação de Super Apps, que trarão integração entre múltiplos bancos em uma única plataforma digital. Além do uso de IA na educação financeira com aconselhamento personalizado.

A continuidade dessas iniciativas é crucial para garantir um ambiente econômico estável e competitivo para os investidores no mercado financeiro.

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