Polícia Civil investiga venda de terreno por garoto supostamente desaparecido de Corupá

Desaparecimento do jovem não tem relação com o inquérito | Foto: Reprodução/Facebook

Por: Claudio Costa

19/04/2019 - 05:04 - Atualizada em: 19/04/2019 - 09:49

Evandro Schwirkowsky, 23 anos, o corupaense que estava supostamente desaparecido após o rompimento de uma barragem de rejeitos em Brumadinho, Minas Gerais, é alvo de investigação da Polícia Civil.

Ele vendeu um terreno por R$ 30 mil para um casal antes de sair de Corupá. Mas o negócio não foi reconhecido pela família e não foi concluído.

O boletim de ocorrência sobre o caso de estelionato foi registrado na Delegacia da Comarca de Jaraguá do Sul.

O delegado que preside o inquérito, Rodrigo Carriço, já remeteu o caso para a Corupá e está sob a responsabilidade do policial civil Toni Rodrigues.

 

 

Nesta quinta-feira (18), ele afirmou que as testemunhas do caso serão ouvidas nos próximos dias.

Toni lembra que a investigação não tem nada a ver com o suposto desaparecimento de Evandro em Minas Gerais.

O jovem deu notícias para a família na última terça-feira (16) e afirma que estava esse tempo todo escondido com a ajuda de pessoas em Salvador, na Bahia.

Ele havia ido até a capital baiana com o companheiro, o garçom Edemilson de Jesus Silva, 34 anos.

A tia de Evandro, a revisora Ivanir Schwirkowsky, 52 anos, revelou em entrevista ao jornal O Correio do Povo que o sobrinho havia vendido parte do sítio do avô antes de partir para Florianópolis.

 

 

A reportagem teve acesso a um contrato assinado por Evandro e datado em 4 de janeiro de 2019, dia em que o jovem viajou para encontrar o companheiro na Capital.

Ele levou R$ 20 mil, valor que o comprador havia dado de entrada na transação.

“Um casal bateu aqui e eu atendi. Eles falaram que tinham algo para me contar, mas não queriam porque o meu pai estava doente. Contaram que o meu irmão vendeu o sítio. Lembraram que compraram do Evandro, mas eu disse que não era meu irmão, mas meu sobrinho”, lembra Ivanir.

O casal contou que deu os R$ 20 mil de entrada em dinheiro e que pagariam outros R$ 10 mil em dez vezes com cheques. Um dos cheques chegou a ser descontado por Evandro.

Evandro diz que não teve a intenção de enganar as pessoas. Ele explica que ganhou aquele pedaço de terra do avô e que, por isso, tinha o direito de vender o bem.

“Eu peço mil desculpas ao casal. Nem que eu tenha que trabalhar a minha vida toda, mas eu vou devolver esse dinheiro para eles, pois eu sou uma pessoa digna e não sou golpista. Eu não quis fazer isso com eles porque a casa é minha. Eu construí uma casa em um terreno que eu ganhei, estava morando naquela casa há cinco anos”, comenta.

 

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