Evandro Schwirkowsky, 23 anos, o corupaense que estava supostamente desaparecido após o rompimento de uma barragem de rejeitos em Brumadinho, Minas Gerais, é alvo de investigação da Polícia Civil.
Ele vendeu um terreno por R$ 30 mil para um casal antes de sair de Corupá. Mas o negócio não foi reconhecido pela família e não foi concluído.
O boletim de ocorrência sobre o caso de estelionato foi registrado na Delegacia da Comarca de Jaraguá do Sul.
O delegado que preside o inquérito, Rodrigo Carriço, já remeteu o caso para a Corupá e está sob a responsabilidade do policial civil Toni Rodrigues.
Nesta quinta-feira (18), ele afirmou que as testemunhas do caso serão ouvidas nos próximos dias.
Toni lembra que a investigação não tem nada a ver com o suposto desaparecimento de Evandro em Minas Gerais.
O jovem deu notícias para a família na última terça-feira (16) e afirma que estava esse tempo todo escondido com a ajuda de pessoas em Salvador, na Bahia.
Ele havia ido até a capital baiana com o companheiro, o garçom Edemilson de Jesus Silva, 34 anos.
A tia de Evandro, a revisora Ivanir Schwirkowsky, 52 anos, revelou em entrevista ao jornal O Correio do Povo que o sobrinho havia vendido parte do sítio do avô antes de partir para Florianópolis.
A reportagem teve acesso a um contrato assinado por Evandro e datado em 4 de janeiro de 2019, dia em que o jovem viajou para encontrar o companheiro na Capital.
Ele levou R$ 20 mil, valor que o comprador havia dado de entrada na transação.
“Um casal bateu aqui e eu atendi. Eles falaram que tinham algo para me contar, mas não queriam porque o meu pai estava doente. Contaram que o meu irmão vendeu o sítio. Lembraram que compraram do Evandro, mas eu disse que não era meu irmão, mas meu sobrinho”, lembra Ivanir.
O casal contou que deu os R$ 20 mil de entrada em dinheiro e que pagariam outros R$ 10 mil em dez vezes com cheques. Um dos cheques chegou a ser descontado por Evandro.
Evandro diz que não teve a intenção de enganar as pessoas. Ele explica que ganhou aquele pedaço de terra do avô e que, por isso, tinha o direito de vender o bem.
“Eu peço mil desculpas ao casal. Nem que eu tenha que trabalhar a minha vida toda, mas eu vou devolver esse dinheiro para eles, pois eu sou uma pessoa digna e não sou golpista. Eu não quis fazer isso com eles porque a casa é minha. Eu construí uma casa em um terreno que eu ganhei, estava morando naquela casa há cinco anos”, comenta.
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