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IMA responde aos pesquisadores da UFSC sobre alargamento de praia em Florianópolis

Canasvieiras passa por trabalhos de dragagem para alargamento da praia | Foto PMF/Divulgação

Por: Ewaldo Willerding Neto

10/10/2019 - 12:10 - Atualizada em: 10/10/2019 - 12:45

O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) emitiu nota em resposta à carta aberta divulgada pelos pesquisadores e professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Antunes Horta e Leonardo Rori, sobre o trabalho de alargamento da faixa de areia.

Na carta, os integrantes do Laboratório de Ficologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) chamaram a atenção para possíveis consequências como a ocorrência de maré vermelha e prejuízos para a maricultura da região, além de ameaças à Reserva do Arvoredo.

Confira a resposta do IMA:

“Com relação à carta aberta divulgada pelo Departamento de Botânica sobre a obra de alimentação artificial da Praia de Canasvieiras, o IMA ressalta que em momento algum durante o processo de licenciamento do empreendimento qualquer Departamento, professor ou estudante da Universidade Federal de Santa Catarina manifestou interesse junto ao órgão ambiental sobre o projeto, o que comprova que a falta de conhecimento mencionada no documento é consequência apenas da não solicitação de informações ou documentos, o que teria sido disponibilizado de imediato pelo órgão ambiental.

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Na Ouvidoria do IMA consta apenas uma solicitação realizada em 26 de setembro de 2019 por um biólogo, que não cita instituição, para que o IMA encaminhe o Estudo do projeto. O IMA respondeu que o documento está disponível na Coordenadoria Regional do IMA de Florianópolis. NA CODAM, nesta segunda-feira, 07 de outubro, um cidadão foi ao protocolo e pediu informações sobre o processo.

Mais de 300 mil metros cúbicos de areia serão retirdados da jazida | Foto PMF/Divulgação

Antes destas manifestações, o IMA não recebeu nenhuma solicitação de biólogos ou professores com relação ao projeto de engordamento da Praia de Canasvieiras. Se o Instituto tivesse recebido estaria à disposição para responder, afinal todo o processo é público, assim como as licenças emitidas que podem ser encaminhadas assim que solicitadas.

Ao contrário do que afirma a carta, o IMA só emite a licença ambiental após o cumprimento dos requisitos ambientais. Neste caso em específico, esse critério ficou ainda mais transparente, pois foi amplamente divulgado pela imprensa que a licença só foi concedida em agosto depois que a Prefeitura apresentou toda a documentação obrigatória.

Além disso, a Licença de Instalação que está em vigor apresenta 44 condicionantes ambientais que devem ser cumpridas e comprovadas para que a última autorização, a Licença Ambiental de Operação, seja concedida.

A carta aberta cita a legislação ambiental, a mesma que norteia todas as ações do IMA. Portanto, a obrigatoriedade da “realização de análises prévias para garantir a segurança de empreendimentos dessa natureza” foi devidamente exigida pelo Instituto e deve ser cumprida pelo empreendedor para a continuidade da obra e para a efetiva operação. Programada com bastante antecedência, nesta semana ocorre vistoria no local para a verificação se as determinações estabelecidas na LAI são seguidas.

Alargamento da praia provocou polêmica | Foto PMF/Divulgação

Antes da emissão de qualquer licença, durante o trâmite do processo, uma das principais preocupações do IMA é com relação a Unidades de Conservação ou áreas de preservação que possam ser atingidas pelo empreendimento. O que não ocorre com relação à Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, citada na carta. Todos os possíveis nutrientes do local devem ser reestabelecidos pelo empreendedor para a garantia das espécies e para o menor impacto possível aos ecossistemas da região.

O IMA coloca-se à disposição da Universidade Federal de Santa Catarina e de qualquer cidadão que busque informações sobre este ou qualquer projeto licenciado ou em licenciamento no órgão e destaca que, assim como os professores que escreveram a carta, zela pelo meio ambiente e por isso estabelece critérios para que a instalação dos empreendimentos ocorra baseada nos parâmetros legais que têm como foco o cuidado ambiental”.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.