25 motivos para sorrir: Ingrid enfrenta qualquer desafio pelo amor à família

Otimismo é uma das principais qualidade de Ingrid Neitzel | Foto Natália Trentini/OCP News

Por: Natália Trentini

19/07/2018 - 13:07 - Atualizada em: 19/07/2018 - 15:57

Durante o mês de julho, 25 pessoas vão ilustrar a campanha “Temos 25 motivos para sorrir”, que o Grupo Breithaupt está desenvolvendo em parceria com a Rede OCP News e a 105 FM. O objetivo da série é contar as histórias de pessoas que compartilham o mesmo dia de aniversário com Jaraguá do Sul: 25 de julho. Confira!

O brilho dos profundos olhos azuis de Ingrid Neitzel revela o ímpeto otimista dessa jaraguaense genuína. Foi em meio à nevasca que atingiu Santa Catarina em 1957, a maior já registrada na história do estado, que ela nasceu.

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Com as fortes raízes germânicas dos dois lados da família, nascia “uma coloninha”, foi o que o doutor disse a época, segundo a mãe contou a Ingrid. Além de aniversário da cidade, 25 de julho é conhecido como “Dia do Colono”.

Ingrid nasceu em 1957, em meio a maior nevasca vista na história de Santa Catarina | Foto Divulgação

E não só pela data a história de Ingrid se mistura com a de Jaraguá do Sul. No vai e vem da vida, ela viu muita água rolar pela ponte – a primeira delas a Abdon Batista, que hoje virou apenas os pilares em meio ao rio Itapocu.

As memórias mais fortes rondam a época em que a família passou a viver na rua Francisco Verdi Lenzi, uma lateral da rua Barão do Rio Branco, quando ela tinha por volta dos 7 anos.

Antes disso, tinha estudado na Escola Jaraguá; agora estava no Divina Providência, levada de bicicleta pela mãe. Anos mais tarde, o caminho era feito a pé. “Era a maior tranquilidade, as ruas não tinham esse movimento todo”, recorda.

Ingrid fala com ternura da proximidade das pessoas naquela época, da liberdade para as brincadeiras de criança com as primas “Mandy” e “Sally” na praça perto de onde hoje fica o Terminal Urbano e de costumes muito diferentes.

As compras eram feitas na caderneta em um pequeno comércio na Barão do Rio Branco e pagas no fim do mês.

“Várias coisas eu vivenciei nesses anos. Eu vi calçar a Marechal Deodoro da Fonseca, depois futuramente a Reinoldo Rau. Tudo isso eu pude acompanhar”, destaca a jaraguaense.

E essa relação, com o passar dos anos, só ficou mais próxima. Ingrid celebra os passeios em família, a realização de conhecer a Europa, mas reconhece que voltar a Jaraguá do Sul é sempre emocionante. “Eu amo Jaraguá. Eu sinto no sangue aquela sensação quando você está entrando na BR”, declara.

Coragem para atingir objetivos

Aos 17 anos Ingrid estava certa de que precisava se profissionalizar e começar a trabalhar. Para tanto, precisou convencer o pai e a mãe. Bateu o pé e assim conquistou o primeiro emprego no escritório de contabilidade Buchmann e passou a cursar o ensino médio com tecnólogo em contabilidade no Colégio Marista São Luís.

Em 1974, ela estava com a primeira carteira de trabalho em mãos. “Era o escritório da Ana Bárbara Buchmann, bem pequenininho na época, mas eu me senti importante porque foi a primeira bagagem de aprendizado”, conta, ao relembrar a rotina na sala que ficava na Marechal Floriano Peixoto, próximo ao Banco do Brasil.

Depois disso, o percurso dos anos a levou ao departamento de escrita fiscal da então Indústria Reunidas, hoje Duas Rodas. A passagem pela multinacional trouxe novos desafios, conta Ingrid, e boas lembranças.

Uma delas foi representar a empresa na festa do centenário de Jaraguá do Sul. As fotos até hoje mostram a grandiosa festa, montada embaixo de uma estrutura inflável. O registro de Ingrid e uma colega com trajes de época mostrando um pouco da história da empresa está estampado no livro que conta a história da Duas Rodas.

Aos 17 anos, a jaraguaense sabia que precisa começar a carreira profissional | Foto Natália Trentini/OCP News

Na preparação para o evento, Ingrid lembra quando precisou, às pressas, entrar na sala da diretoria para avisar da falta de tecidos para os trajes. A própria matriarca da empresa, Hilda Hufenüssler, levou Ingrid com seu fusca ao então comércio Breithaupt para garantir o material.

O hiato na carreira veio pelo que mais preenche o coração de Ingrid: a chegada dos filhos. Primeiro veio a Kellyn, depois a Cintia e, na sequência, os gêmeos Adriano e Rodrigo (em memória).

Foram 10 anos até voltar a trabalhar como subgerente da Grafipel, empresa fundada pelos tios. “Eu sempre percebi, durante o meu trabalho, no lado profissional, que fiz a diferença. Eu não fui apenas um número. É muito gratificante quando você contribui”, destaca.

Família, o grande amor

Ingrid conta que sempre gostou de família grande. “A ponto que eu tive quatro filhos, e agora já tenho mais quatro netos”, conta com um sorriso no rosto. Passar tempo com eles é a grande paixão dessa jaraguaense.

Ingrid tem nos netos e nos filhos seu bem mais precioso, onde encontra forças para seguir seus objetivos | Foto Divulgação

Para ela, o maior desafio trazido pela vida foi justamente onde encontrou a maior bênção. Há dez anos, a família perdeu Rodrigo em um acidente.

“Eu sinto que hoje ele é um anjo que está o tempo todo comigo. Eu sinto isso, sinto essa energia boa dentro de mim. Eu sei que sou uma guerreira, através do amor que vem dos meus filhos, e da força que vem lá de cima”, acredita.

E de todas as realizações, estar rodeada e ver os filhos felizes, caminhando com as próprias pernas e superando seus próprios objetivos faz os olhos de Ingrid brilharem ainda mais. “Eu sou uma pessoa muito realizada pela parte da família, pela energia, o equilíbrio e o amor que eles têm por mim”, finaliza.

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