25 motivos para sorrir: Gisele encontrou e construiu seu lar em Jaraguá do Sul

Família de Gisele veio para Jaraguá do Sul em busca de uma vida melhor | Foto Natália Trentini/OCP News

Por: Natália Trentini

11/07/2018 - 13:07 - Atualizada em: 11/07/2018 - 14:22

Durante o mês de julho, 25 pessoas vão ilustrar  a campanha “Temos 25 motivos para sorrir”, que o Grupo Breithaupt está desenvolvendo em parceria com a Rede OCP News e a 105 FM. O objetivo da série é contar as histórias de pessoas que compartilham o mesmo dia de aniversário com Jaraguá do Sul: 25 de julho. Confira!

“Se tem tudo de mão beijada, não aprende a dar valor”. Essa frase, tão comum, dita por Gisele de Assis Schons, 33 anos, ganha todas as nuances de significado. Bem por isso, ela reconhece e destaca a importância de todos os elementos de sua vida, dos materiais à família composta por ela, o marido Dirceu, os filhos Guilherme e Gabriel, e os parentes tão presentes na rotina.

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O raiz da história está em Londrina, Paraná, onde Gisele nasceu. Foram nove anos na cidade antes da mudança a Jaraguá do Sul. Primeiro veio o pai à procura de emprego, depois ela, mãe e os irmãos. A distância percorrida nas mais de oito horas de viagem foi muito mais do que o território entre um estado e outro; foi a separação da velha para a nova vida.

Gisele nasceu em Londrina e aos nove anos veio com a família para a cidade | Foto Natália Trentini/OCP News

“Eu falo que aqui foi meu paraíso. Lá a gente vivia na creche o dia inteiro, não era como aqui. Sou de lá, mas falo que minha cidade Natal é aqui”, afirma Gisele, cheia de certeza no coração.

A costureira conta que chegou em um outro universo. O pai conseguiu trabalho e posto de caseiro em uma chácara na Tifa Schubert, no bairro Amizade. Alí pôde viver solta, mas sempre com responsabilidades. Gisele é a segunda filha de quatro irmãos e precisava olhar pelos mais novos e dedicar alguns cuidados com a casa.

“Minha mãe sempre trabalhou, então antigamente não tinha essa coisa de não deixar criança sozinha. Eu e meu irmão temos quatro anos de diferença e depois os pequenos com oito e nove anos de diferença. Cada uma era responsável por um e assim a gente cresceu”, relembra.

Já aos seis anos, Gisele aprendeu a cozinhar – atividade que domina até hoje – subindo no banquinho do fogão à lenha da casa. Hoje, já passou esse conhecimento para o filho mais velho, Guilherme, de 14 anos. E assim as tarefas eram divididas desde cedo, entre uma brincadeira e outra.

“Eu falo para minha mãe, agora a gente vê. Eu reclamava e brigava, mas na verdade foi uma lição de vida que eu aprendi com ela. Cuidando dos meus irmãos, aprendi a viver”, conta Gisele.

Uma cidade de oportunidades

A jaraguaense de coração lembra que a vinda para a região foi em busca de trabalho. “Onde a gente morava não era fácil”, conta lembrando a situação vivida em Londrina. Em Jaraguá do Sul, as oportunidades e remuneração mudaram muita coisa na vida da família, que começou a prosperar.

Depois dos primeiros anos no Amizade, os pais de Gisele guardaram dinheiro e construíram uma casa no bairro Estrada Nova. Foi ali que ela cresceu, passando pela escola Julius Karstens e depois para a unidade na localidade Rodeio.

A mesma fórmula levada pelos pais foi seguida quando Gisele encontrou o marido Dirceu. Os dois empenharam esforços desde o primeiro dia juntos para construir uma vida com conforto para a família.

Ela cresceu no bairro Estrada Nova e desde o casamento mora no bairro Chico de Paulo | Foto Natália Trentini/OCP News

Ainda grávida de Guilherme, Gisele conta que levava comida para o marido que estava construindo, comas as próprias mãos e pouca habilidade, a casa onde o casal iria passar tantos anos. “Eu até digo para ele: ‘quem te viu, quem te vê’. Ele nem sabia fazer a massa. O dinheiro que a gente pagava aluguel, investiu na casa. Eu comecei a trabalhar e aí melhorou”, conta.

E cada pagamento era muito bem destinado, afirma Gisele. Tudo guardado com o pensamento no futuro. Quando uma nova oportunidade apareceu, o casal comprou uma segunda casa na Figueira, em Guaramirim, que hoje está alugada.

Vida em família

Na juventude, a diversão de Gisele era participar do jogral – uma espécie de teatro com música – que era encenado na igreja Assembleia de Deus, no bairro Vila Lalau. E logo cedo, aos 16 anos, ela conheceu o marido, muito por acaso.

Foi a mãe dela, Rosa, e a sogra, Angelina, que se conheceram primeiro. As duas trabalhavam juntas no Lar das Flores. “Minha sogra fez uma cirurgia e minha mãe foi ajudar ela. Conversando e conversando, ela levou uma foto minha para o meu marido, e estamos juntos até hoje”, conta.

A diversão e felicidade de Gisele, uma jaraguaense de coração, é estar em família | Foto Natália Trentini/OCP News

Poucos anos depois, veio o primeiro filho, aos 18 anos. “Sempre quis ser mãe”, lembra, destacando que foram muitas transformações, a maternidade, o casamento, a construção da casa, acompanhadas de aprendizado constante.Hoje, esse é seu mundo.

“A gente é bem família, sempre tem alguém junto”, conta. Se na semana, a rotina em casa toma conta, sábado e domingo é aproveitado para esse contato.

“Sempre estamos na estrada, eu brinco que dia de ficar em casa é de segunda a sexta”, conta, destacando a alegria de estar sempre em contato com os parentes.

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