Quatro meses depois de ter o pedido de redução da pena negado, Robinho sofreu mais uma derrota na Justiça. O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou o pedido de habeas corpus do ex-jogador e decidiu por mantê-lo preso na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, onde está detido desde março.
A sessão terminou com 9 votos a 2 a favor da manutenção da prisão de Robinho, condenado pela Justiça Italiana a nove anos de prisão por estupro coletivo, cometido na Itália, em 2013.
O relator Luiz Fux, além dos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Flávio Dino e Nunes Marques formaram a maioria dos votos, enquanto os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli foram os únicos divergentes.
Nos pedidos de habeas corpus, a defesa de Robinho questionou a legalidade da decisão do STJ que homologou a sentença da Justiça Italiana. Os representantes do atleta também pediam que ele cumpra a pena em liberdade até se encerrarem todos os recursos para recorrer ao caso.
Robinho, de 40 anos, foi condenado na Itália a nove anos de prisão em regime fechado. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a sentença e determinou o cumprimento da pena no Brasil.
O caso
O caso aconteceu na Sio Café, uma conhecida boate de Milão, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. Uma mulher albanesa disse que foi embriagada e abusada sexualmente pelo atacante, o amigo Ricardo Falco e outros quatro homens enquanto estava inconsciente.
Em depoimento, em abril de 2014, Robinho negou a acusação. Ele admitiu que manteve relação sexual com a vítima, mas disse que foi uma relação consensual de sexo oral e sem outros envolvidos.
A primeira condenação do jogador foi em 2017, época em que jogava no Atlético-MG. Depois, ele passou pelos turcos Sivasspor e Istambul Basaksehir. Em outubro de 2020, Robinho chegou a ser anunciado pelo Santos, mas após a grande repercussão pelo caso de estupro, o clube rompeu contrato.
No dia 20 de março, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a sentença de nove anos de prisão por estupro coletivo, a qual ele foi condenado em todas as instâncias na Itália, para ser cumprida no Brasil. A votação terminou 9 a 2.