Jaraguaense mantém com carinho jardim que companheiro falecido cultivou durante toda a vida

Foto Dielin da Silva

Por: Elissandro Sutil

11/10/2019 - 05:10

Sinônimo de beleza para muitos, a primavera também desperta a saudade na aposentada Ana Elvira dos Santos, 49 anos, que há quase dois anos perdeu o marido, com quem mantinha uma forte conexão com o colorido da estação.

Os dois sempre foram apaixonados por flores, em especial as amarílis, mais conhecidas como açucenas — e o canteiro dedicado apenas a elas não deixa dúvidas disso.

Florescendo há mais de 20 anos, é impossível passar pela rua Augusto Mielke, na Vila Baependi e não notar o jardim.

As açucenas são as plantas que mais fazem Ana Elvira lembrar do falecido marido | Foto Dielin da Silva/OCP News

“Quando a gente casou, ele já tinha um jardim, eu também gostava de flores e nós sempre cuidamos juntos das flores”, comenta a aposentada. O brilho nos olhos dela não esconde a falta que o marido faz em sua vida.

“Depois que ele faleceu, foi muito difícil, mas mantive as flores e vou continuar com elas até quando puder, porque para mim, cada vez que vou lá, me lembro dele, e isso me marca muito. Era uma paixão de nós dois”, declara.

A relação de cumplicidade do casal deixou saudades. “Ele faz muita falta, tudo o que eu pego, qualquer coisa que vou fazer, me lembra dele”, comenta Ana.

Além das açucenas (que são maioria) a aposentada também cultiva outras plantas | Foto Dielin da Silva/OCP News

Ana Elvira conta que no tempo em que plantavam rosas, vez ou outra acordava com uma flor ao seu lado. “Ele adorava fazer essas surpresas”, relembra.

 

 

Para quem olha da calçada é um mar de flores, mas segundo ela, novas mudas não foram plantadas já que a casa deve ser vendida em algum momento e a aposentada precisará se mudar.

As flores, porém, vão junto. “Não me separo das minhas plantas por nada, onde eu for elas vão ir junto comigo”, promete Ana Elvira.

Gigante está com três anos e não desgruda do pé de Ana | Foto Dielin da Silva/OCP News

Agora, o maior companheiro da aposentada é o cachorrinho chamado Gigante, que era o xodó do marido e não larga do pé da dona por nada. Segundo ela, parece até uma criança, já que precisa levá-lo para dormir todos os dias após o almoço.

O amor pelo jardim não era a única coisa que ligava o casal. Logo ao entrar na casa, é possível encontrar máquinas de escrever, rádios, câmeras fotográficas, entre outras antiguidades.

A entrada da casa é cheia de estilo e de dar inveja nos loucos por decoração | Foto Dielin da Silva / OCP News

Por falar em câmeras, Ana Elvira comenta que pessoas que estão passando a calçada acabam pedindo para entrar e fazer fotos no mar de açucenas.

Tanto amor e dedicação fazem todo o cuidado que ela tem com o jardim valer a pena.

As plantas, assim como o cachorrinho, são os companheiros diários de Ana Elvira que espalha paixão e a memória do companheiro falecido por todos os cantos da casa.

 

 

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