A revolução do dinheiro: pagamentos digitais geram economia milionária para comércio de Jaraguá do Sul

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Pedro Leal

22/06/2019 - 05:06 - Atualizada em: 24/06/2019 - 09:32

Os pagamentos digitais crescem em ritmo acelerado no mundo todo e Jaraguá do Sul tem acompanhado essa tendência.

Segundo o presidente da entidade, Gabriel Seifert, o pagamento via celular, em breve, deve ter o número de usuários aumentado, porém há um período de adaptação – das adquirentes, dos lojistas e dos clientes – para que isso aconteça com mais velocidade.

 

 

Segundo Sandro Alberto Moretti, gerente geral da Rede O Boticário em Jaraguá do Sul, a opção de pagamento através do celular – no caso por aproximação – ainda é novidade na região.

“Isso é mais uma opção de pagamento que oferecemos para os clientes com essa tecnologia de aproximação. Temos a máquina que recebe por aproximação, mas ainda é bem baixa a procura”, diz.

O dinheiro e o cartão de crédito imperam nos pagamentos em Jaraguá do Sul, segundo dados da CDL: 30% dos pagamentos no comércio são feitos em dinheiro, seguidos por 26% no crédito, 20% em crediário e 18% no débito, com o restante sendo composto por cheque e outras formas de pagamento.

A entidade tem buscado ações para conscientização e adequação dos lojistas para atender a nova realidade de mercado, afirma Seifert, mas o conhecimento da população sobre estas formas de pagamento ainda é pequeno.

Pagamentos digitais geram economia

Segundo o superintendente do Jaraguá do Sul Park Shopping, Olímpio Couto, a transição de cartões de crédito para aplicativos de pagamento pode representar uma economia de até R$ 4 milhões por ano aos varejistas do empreendimento.

“É sabido que em média 52% dos pagamentos já são feitos via cartão de credito, debito ou alimentação. Em média hoje o cartão de debito tem uma taxa de 1,5%, credito com 2% e alimentação 4%. Se fizermos uma média, essa conta chegaria a 2,3%”, explica.

O shopping opera com uma expectativa de vendas de R$ 180 milhões no ano, com esta proporção e média de desconto, seriam perdidos R$ 4,14 milhões em tarifas de operação.

“As carteiras digitais que estão avançando no país, como a Payly por exemplo, vêm com esse diferencial tarifária de MDR, aplicando para qualquer venda um desconto de 0,1%. Além disso, as carteiras digitais ainda não precisam de adquirir nenhuma maquininha e nem pagar aluguel da mesma”, diz.

Com a tarifa da Payly, isto resultaria em apenas R$ 180 mil em tarifas de transação, além da economia com aluguel de máquinas e mensalidades – ou seja, só em taxas de operação, seriam economizados R$ 3,96 milhões.

Vantagens para quem compra

No PicPay e no PagSeguro, há uma série de programas de “Cashback”, em que uma parte do valor da transação é devolvido na forma de crédito na conta do serviço.

O valor do retorno vai de 3%, para operações com QR Code até 20% ou mais em ações específicas em parceria com algumas empresas – no PicPay, por exemplo, há um cashback de 30% para compra de crédito da empresa de jogos Level Up.

Prazos e taxas são diferenciais

Na luta entre as operadoras de cartão e os serviços de pagamento digitais, as taxas por transação, a cobrança de adesão e o custo das maquininhas acabam por ser o maior diferencial entre cada operadora, assim como os prazos para o recebimento.

De forma geral, os operadores de pagamentos digitais não têm tarifas de adesão ou mensalidades. A taxa mais baixa proposta é a do PayLy, 0,1%, seguida pela ainda vindoura taxa do Itau Iti- dado que o serviço só deve entrar em operação no segundo semestre do ano: apenas 1% por venda. O valor é seguido pelo Picpay, que cobra atualmente 1,99% sobre todas as transações.

Enquanto isso, a taxa de entrada elevada das máquinas de cartão – que pode chegar a R$ 838,80 por parte da rede Pagseguro – e a cobrança de mensalidades pelo uso da máquina é acompanhada de taxas girando na faixa dos 2,3 aos 4% na maioria dos casos.

Outro benefício desta modalidade de pagamento é a possibilidade de acompanhar em tempo real as movimentações financeiras. Este é um dos diferenciais que conquistaram o empresário Michel Walter Janssen, proprietário do Armazém da Massa.

Empresa de Janssen investe nos pagamentos digitais | Foto Eduardo Montecino/OCP News

A empresa dele investido nos pagamentos instantâneos em cafés da confiança em empresas como Comsystem e a própria Rede OCP de Comunicação.

“Para nós é bem melhor, a pessoa consome e já faz o pagamento pela plataforma, já identificamos o recebimento, é bem mais prático, no outro dia já está na nossa conta”, afirma o proprietário da empresa, Michel Walter Janssen.

Segundo o empresário, cerca de um terço dos pagamentos nas lanchonetes conveniadas em empresas é feito através do aplicativo PicPay – a pessoa escaneia um QR Code, digita o valor e o pagamento é feito automaticamente via cartão de crédito ou saldo na conta do aplicativo.

Veja abaixo um comparativo entre as diferenças de taxas e planos das conhecidas “maquininhas” e das plataformas de pagamentos digitais:

Confira o especial sobre pagamentos digitais

 

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