A revolução do dinheiro: pagamento digital já é realidade no comércio de Jaraguá do Sul

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

21/06/2019 - 05:06 - Atualizada em: 24/06/2019 - 09:27

Se no início da civilização os animais, especiarias e outros alimentos serviam como moeda de troca, agora os pagamentos seguem para um caminho além do dinheiro e cartões de crédito, já solidificados na história.

As plataformas digitais estão ganhando espaço com a potencialização da internet móvel e oferecem novas formas vantajosas de pagar por produtos e serviços.

Com o bônus da praticidade, PicPay, Itaú Iti e Payly são algumas das novidades tecnológicas que estão ganhando adeptos pelo mundo.

Na China, por exemplo, os pagamentos pelo celular tomaram rapidamente o lugar do dinheiro em espécie.

 

 

As duas plataformas dominantes são o Alipay e WeChat, das empresas Alibaba e Tencent, donas de 90% do mercado de pagamentos digitais. As compras sem cédula já representam 60% do total no país.

Mas essa não é uma realidade tão distante no Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa espanhola Minsait, 27,2% dos consumidores brasileiros declaram usar aplicativos como meio de pagamento.

Este tipo de transação está cada vez mais presente no comércio, mediante processos por aproximação e leitura de QR Codes.

Rapidez, praticidade e segurança

Ao entrar na Tecnopan, o cheiro de pão quentinho, de café passado e de saborosos bolos reforçam a característica tradicional que se espera de uma padaria, mas é no caixa que a inovação presente no nome do lugar se manifesta.

No local, conforme a auxiliar administrativa Lucy Izaias, estima-se que 30% dos pagamentos já são digitais.

Lucy relata que número de pagamentos digitais tem crescido | Foto Eduardo Montecino/OCP News

“Vimos que a máquina de cartão tinha o símbolo de apromixação e decidimos investir nisso. A maioria dos lojistas não sabe porque não recebe nenhuma instrução quando compra o aparelho. Depois, incentivamos os clientes a pagar por aproximação ou QR Code”, relata Lucy.

O número de adeptos foi crescendo e hoje, segundo a auxiliar, algumas pessoas pagam apenas desta forma e nem carregam mais a tradicional carteira de mão.

No serviço de delivery da padaria, o aplicativo PicPay também facilitou os pagamentos. “Não precisamos separar troco antes e, consequentemente, a entrega é mais rápida”, comenta.

Para Lucy, as novas formas de pagamento são seguras e práticas, além de agilizarem o atendimento ao cliente. “A tecnologia está na nossa essência e estamos felizes por resgatar isso. Não podemos parar no tempo”, garante.

Pagamentos pelo WhatsApp

Já se sabe há algum tempo que o WhatsApp pretende implementar um sistema de pagamentos que permitiria que usuários transferissem e recebessem dinheiro de contatos, chegando até mesmo a se estudar o desenvolvimento de uma criptomoeda própria.

Neste ano, surgiu a informação de que o Brasil pode estar na próxima leva de regiões a receber a novidade, segundo o site WABetaInfo.

O único local onde o WhatsApp Payments está ativo é na Índia, onde ele opera integrando bancos e instituições financeiras locais.

Para usar o recurso é necessário fazer a verificação do número telefônico mais uma vez para fazer a associação do app a uma conta bancária.

Então, basta abrir uma conversa com outro usuário habilitado a receber pagamentos, selecionar o ícone de pagamentos e definir a quantia a ser transferida.

Aplicativo permitirá a realização de transações comerciais | Foto Divulgação

Na China, o WeChat faz o papel do WhatsApp e é o aplicativo preferido na troca de mensagens, mas acumula outras funções além desta.

De intercâmbio na cidade chinesa Fuzhou, a catarinense Nathália Metelski, 22 anos, utiliza o WeChat para efetuar pagamentos pelo celular.

Segundo a estudante, é necessário cadastrar o cartão de crédito na plataforma para gerar um QR Code, que posteriormente, será escaneado no estabelecimento para pagar uma conta.

“Dá pra transferir dinheiro para outras pessoas como se estivéssemos mandando uma mensagem. É muito prático e seguro também porque não precisamos andar com dinheiro”, observa a catarinense.

“Aqui a maior parte das compras é assim. Na cantina da faculdade, por exemplo, nem tem dinheiro físico. Já me desacostumei a andar com cédulas”, completa.

Confira o especial completo sobre pagamentos digitais

 

Quer receber as notícias no WhatsApp?