O presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), acabou de anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, que aconteceu no dia 17 de abril. Ele acolheu um protocolo feito pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Uma nova votação do pedido impeachment foi marcada por Maranhão para daqui a cinco sessões do plenário da Câmara.
Em nota divulgada à imprensa, Maranhão diz que a petição da AGU ainda não havia sido analisada pela Casa e que, ao tomar conhecimento dela, resolveu acolher. Na decisão, ele argumenta “ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”.
Para Maranhão, os partidos políticos não poderiam ter fechado questão a favor ou contra o impeachment. Quando há o chamado fechamento de questão, os deputados devem seguir a orientação partidária sob pena de punição, como expulsão da legenda.
Maranhão argumenta ainda que os deputados não poderiam ter anunciado suas posições antes da sessão da Câmara que decidiu dar continuidade ao processo de afastamento da presidente Dilma. Ele também afirma que a defesa de Dilma deveria ter tido o direito de falar durante a votação do impeachment.