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Mitologia, histórias e estórias – Emílio da Silva Neto

Foto: Pixabay

Por: Emílio Da Silva Neto

13/04/2023 - 09:04 - Atualizada em: 14/04/2023 - 08:20

Verdade, mentira, invenção ou distorção numa narrativa histórica ou religiosa … o que vale é quando o propósito é de retidão, amor, perdão, honestidade e dignidade.
O resto é pura discussão acerca do “sexo dos anjos” !!!!

Quando se fala em mitologia, pensa-se em um conjunto de narrativas, quase todas compartilhadas oralmente, raramente por escrito, lá na antiguidade.

E não só na terra de Aristóteles e Platão, dois dos maiores pensadores mais influentes da história da civilização. Sim, há inúmeras outras mitologias, além da superfamosa e enigmática grega. Há a hebraica, a cristã, a islâmica, a nórdica, a egípcia, a romana, a celta, a asteca, a chinesa e, até, a brasileira, entre muitas tantas.

Essas narrativas – muito mais ‘estórias’ que ‘histórias’, na visão deste colunista – têm como grande valor o legado à humanidade no que tange a explicações científicas (comprováveis) ou espirituais (dogmas) para os fenômenos da natureza e, o mais importante, a indução de nobres valores e magnos princípios à sociedade e, subliminarmente, a necessária religiosidade ao povo.

Ou seja, a criação das narrativas, sob a forma de realidades e fantasias, serve para explicar tudo (sim, tenta-se !!!) o que existe e é importante para uma sociedade, desde a existência dos diversos elementos da natureza até o comportamento humano.

Na filosofia, a mitologia nada mais é que um conjunto de relatos verdadeiros (históricos) e fantasiosos (imaginativos), isto é, histórias e estórias – envolvendo deuses, heróis e outros seres – que tratam de temas importantes acerca de civilizações específicas ou da existência global, com ênfase a temas que a razão humana não consegue alcançar por si só, tais como a origem do mundo, a vida após a morte e as inúmeras interpretações que permeiam tantas e tantas elucubrações mentais.

Neste sentido, o estudo da mitologia é importante para a reconstituição da forma como determinada civilização histórica enxergava o mundo e, também, para tentar explicar como surgiram e se desenvolveram as crenças religiosas, de todas as matizes. Nessa área, importante, também, são as análises comparativas entre as diferentes mitologias ao longo do mundo, a fim de encontrar aproximações (melhor, nexos) entre elas.

Especial arcabouço das mitologias pelo mundo afora é aflorado quando as narrativas se revestem de concepções teológicas, como a de Abrão e Sara. Tinham um casamento sólido, que nem todos conseguiam compreender, já que Sara era estéril, não gerando herdeiros para ele. Mesmo assim, Abrão não admitia a possibilidade de arrumar outra esposa, até que Sara acabou convencendo Abrão a se deitar com a serva Agar, o que lhe custou um posterior arrependimento muito grande, expiação natural – segundo as religiões – de quem peca.

Acreditando na promessa de Deus, que lhe mandou levar seu “povo” a Canaã (que povo, afinal, se não havia filhos ?!?), partiu. Pois bem, Abraão com cem anos de idade e Sara com noventa, ficaram pais (dos rebentos de seu “povo”). É mito ou verdade (a partir da diferente contagem calendarial) ?!?

E, ainda, como garantir que Maria, mãe de Jesus, era virgem ? Alguns dizem que esta “virgindade” surgiu, eventualmente, das sucessivas traduções – do aramaico para o hebraico, depois grego e latim – onde “virgem” teria sido distorção do significado original (moça, querida, amada, de coração puro).

No mais, algo interessante (talvez pela idade jovem do Brasil): não há, de fato, uma mitologia brasileira. O que se tem são várias pequenas narrativas, de diferentes tribos indígenas, que nem sempre coincidem entre si. Apesar de tudo, são histórias ricas e até hoje existem algumas tribos que acreditam nessas histórias que envolvem deuses e entidades, trazendo conforto, esperança e luz.

Por fim, eis o que importa: verdade, mentira, invenção ou distorção de toda narrativa histórica ou religiosa, meramente oral (boca-ouvido-boca), isto é, não registrada (em pergaminhos, papeis ou livros) … o que vale é sempre a mensagem e seu propósito de retidão, amor, perdão, honestidade e dignidade. O resto (debate sobre a veracidade) é pura discussão acerca do “sexo dos anjos” !!!! … afinal, o chamado “turismo religioso” bem movimenta a economia. E isto é o que interessa !!!

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Emílio Da Silva Neto

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(Governança, Profissionalização e Sucessão Empresarial Familiar) [email protected] / 47 9 9977 9595)

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Emílio Da Silva Neto

Consultor especializado em profissionalização, governança e sucessão empresarial familiar. Com vasta experiência, Emílio da Silva Neto é PhD/Dr.Ing, Pós-Doc, Industrial, Consultor, Conselheiro, Palestrante, Professor e Sócio da 3S Consultoria Empresarial Familiar. Redes sociais: emiliodsneto | www.consultoria3s.com