“Hostels: expectativa versus realidade”

Por: Marcos Roberto Hasse

15/08/2019 - 10:08 - Atualizada em: 15/08/2019 - 10:24

O fim de ano se aproxima e junto com ele a expectativa de descanso, férias merecidas e de tempo livre. E para isso acontecer de forma tranquila, o planejamento precisa iniciar cedo, com o intuito de garantir o melhor lugar, preço e conforto, ou seja, o melhor custo benefício ao pacote como um todo, e os sites de reservas tendem a auxiliar com este planejamento.

Ao aderir aos sites de reservas como busca, inicialmente se estabelecem critérios, que deveriam atender às expectativas do consumidor, mas nem sempre o preço se adequa à vontade e, por isso, as opções como hostels tornam-se cada vez mais comuns pelo baixo custo.

No exterior a prática já é bem conhecida, fazendo com que os brasileiros aceitem melhor esta ideia, aumentando consequentemente a procura.

Porém, diferentemente dos hotéis, os hostels não possuem o mesmo nível de formalidade e serviços oferecidos, sendo que alguns ambientes são compartilhados, como por exemplo, os quartos e banheiros.

Contudo, em uma análise final e de acordo com o perfil do consumidor, os preços podem compensar, pois suas localizações geralmente são interessantes.

Nestes estabelecimentos, a ausência de ar-condicionado, lençóis na cama, toalhas, estacionamento e café da manhã é comum, por isso a busca precisará ser minuciosa para que as férias não se tornem um pesadelo.

Embora os sites de reservas apresentem credibilidade em seus anúncios, a facilidade aliada à interatividade, em ofertar locais menos formais para os consumidores alugarem, cresce cada vez mais e, com isso, os controles tornam-se frágeis, onde os anúncios podem não condizer com a realidade encontrada.

Quando isso ocorrer, é importante haver o registro das inconformidades entre o serviço contratado e o serviço recebido, uma vez que, com base no Código de Defesa do Consumidor, o site de buscas não pode frustrar as expectativas do usuário e se isso ocorrer, a empresa assume responsabilidade jurídica sobre a situação.

Vale lembrar que qualquer estabelecimento que oferte serviços via internet ao consumidor precisa entregar o que oferece.

Sabe-se que viajar é preciso, frase comum e de autor desconhecido, entretanto, receber o serviço contratado é um direito do consumidor, que batalha ao longo do ano, concentrando as suas expectativas ao descanso de final de ano e que pode encontrar um período de pesadelo com a realidade frustrada.

Assim, lhe restará apenas o conforto jurídico para que as futuras férias possam ser planejadas e, desta vez, atendendo às expectativas.