Basta que desviemos nosso viciado olhar para as coisas negativas, e reposicionemos a lente buscando captar as coisas boas que estão a nossa volta, e perceberemos certas grandezas que caracterizam nosso povo.
O Brasil possui o maior sistema público (SUS) de transplantes de órgãos, sendo referência mundial. Devemos nos orgulhar de sermos, em números absolutos, o 2º maior transplantador do mundo, estando à nossa frente os Estados Unidos.
Embora nossa natureza latina seja peculiarmente altruísta, somos, por outro lado, influenciados por forças negativas como: desinformação, crendices, tabus, e superstições de toda sorte, impactando o ato da doação. Em que pese as forças contrárias, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Santa Catarina apresenta o melhor índice de doadores efetivos, com 44,8 por ‘milhão de população’ (pmp), indicador universalmente utilizado para avaliar e comparar resultados entre os estados da Federação.
Vale evidenciar que a taxa de doadores efetivos no âmbito nacional é de 16,5 pmp. Significa que o senso colaborativo das famílias catarinenses é o mais alto do Brasil. Isso se deve, substancialmente, a uma consciência mais elevada sobre o valor e significado da vida.
Portanto, que esse diferenciado estatus continue orientando e motivando a prática do diálogo responsável entre os familiares, a respeito desta nobre atitude. É uma circunstancial situação em que ‘a morte faz parte da vida.’ É importante que falemos sobre isso, para que possamos evoluir cada vez mais como seres humanos e sociedade.