Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sete em cada dez brasileiros (72%) enxergam o momento da economia de forma negativa.
As principais razões apontadas são desemprego elevado (63%), aumento dos preços (59%), alta na taxa de juros (38%), desvalorização do real frente ao dólar (25%) e menor poder de compra do consumidor (22%). Para 25%, o quadro econômico é regular e apenas 2% consideram bom.
E isso levando em conta que o mês de janeiro registrou o mais elevado patamar de intenção de consumo em nove anos, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ao anunciar a Intenção de Consumo das Famílias (ICF).
Segundo a entidade, este resultado se deve a um ambiente de juros mais baixos, inflação controlada e sinais de melhora no emprego.
O indicador subiu 5,1% entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, para 95,9 pontos. Foi a maior elevação da série histórica do indicador, afirmou Antônio Everton, economista da CNC.
Em 2017, as vendas do varejo subiram 4%. A projeção é que, em 2018, as vendas tenham avançado 4,8%, de acordo com a entidade.
Apesar da alta expressiva, o indicador, como vários outros, segue abaixo da linha mediana de 100 pontos, com valores maiores indicando forte tendência ao consumo e valores menores indicando receio e cautela no consumo.
A confiança do consumidor também cresceu, segundo a CNDL e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O Indicador de Confiança do Consumidor aumentou 12% em dezembro de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, fechando o ano em 45,8 pontos. Em dezembro de 2017, o índice estava em 40,9 pontos.
Mesmo com a elevação, a taxa mostra que a maioria dos consumidores ainda está pessimista, em escala de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos mostram uma percepção mais otimista.
Se havia alguma dúvida de que medidas econômicas para a recuperação do país são uma necessidade urgente, aí está – o dilema é saber como mudar esta percepção sem medidas impopulares – ou sem medidas que no curto prazo piorem a percepção.
Abono Salarial
Começou nesta quinta-feira (17) o pagamento do sétimo lote do Abono Salarial PIS/Pasep 2018-2019, ano-base 2017.
Podem receber o benefício os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em janeiro e fevereiro e os servidores públicos com final de inscrição 5.
A estimativa da Secretaria de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, é que mais de R$ 2,8 bilhões sejam pagos a aproximadamente 3,4 milhões de trabalhadores.
Atividade econômica
A atividade econômica registrou crescimento de 1,38% no resultado acumulado de 11 meses de 2018. É o que mostra o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado quinta-feira (17) pelo Banco Central (BC), em Brasília.
Em 12 meses terminados em novembro de 2018, a expansão chegou a 1,44%. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic e serve como uma prévia do PIB.
Déficit primário deve aumentar
Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Economia aumentaram a previsão para o resultado negativo das contas públicas neste ano.
A estimativa do déficit primário do Governo Central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, passou de R$ 100,031 bilhões para R$ 102,385 bilhões, em 2019.
Mesmo assim, a estimativa está abaixo da meta de déficit perseguida pelo governo de R$ 139 bilhões. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros.
Gasolina sobe 2,5%
A Petrobras elevou os preços da gasolina em suas refinarias para R$ 1,4990 por litro a partir de quinta-feira (17), um reajuste de 2,5%, enquanto o diesel segue com a cotação atual de R$ 1,9484 por litro, segundo informações no site da companhia.
O reajuste acontece em meio a uma leve alta nos preços do petróleo no mercado internacional e uma desvalorização do real frente ao dólar, conforme a estatal tem prometido acompanhar o câmbio e as cotações internacionais em sua política de preços, em busca de maior rentabilidade.
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