Pensar no futuro, especialmente quando falamos de finanças, costuma parecer algo distante, abstrato, quase desconectado da nossa realidade. E não é apenas falta de vontade: a ciência mostra que nosso cérebro encontra, sim, dificuldade em projetar o “eu do futuro”. Pesquisas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla) mostram que, ao imaginarmos versões futuras de nós mesmos, ativamos áreas cerebrais semelhantes às que usamos ao pensar em outras pessoas, o que explica por que muitas vezes tratamos o futuro como algo que não nos pertence.
Mas, como destaca o professor Jurandir Sell Macedo, doutor em finanças comportamentais, isso pode nos custar caro. Deixar o planejamento financeiro em segundo plano é um risco real para quem deseja conquistar uma aposentadoria tranquila, lidar com imprevistos ou garantir estabilidade para a família. Afinal, mesmo sem saber o que vai acontecer nos próximos anos, há algo que podemos controlar: o quanto nos preparamos para eles.
Muitas vezes, o que impede o planejamento de longo prazo não é a falta de recursos, mas de organização. Como aponta o especialista, pessoas de diferentes faixas de renda enfrentam a mesma dificuldade: ao ganhar mais, também tendem a gastar mais, como se a recompensa pelo esforço fosse sempre o consumo imediato.
Outro ponto importante trazido por Jurandir é a relação entre consumo e pertencimento. Muitas vezes, usamos o dinheiro como forma de nos conectar com grupos, demonstrar afeto ou status. Isso não é necessariamente um problema, mas precisa estar consciente. Quando não há equilíbrio, o consumo excessivo se torna um obstáculo para objetivos maiores.
É claro que aproveitar o presente é importante. Não se trata de abrir mão de tudo, mas de encontrar um ponto de equilíbrio. Curtir o momento não precisa, necessariamente, estar atrelado ao consumo. Há formas de viver bem agora, sem colocar o futuro em risco. Atitudes simples, como reservar uma parte da renda para investimentos e cortar excessos, já fazem diferença.
Segundo o Banco Central, a maioria dos brasileiros ainda não possui uma reserva financeira. Isso significa que, diante de um imprevisto, muitos recorrem ao crédito, o que costuma vir acompanhado de juros altos e risco de endividamento. Para evitar isso, o primeiro passo é construir uma reserva de emergência. Só depois disso faz sentido pensar em metas mais longas, como a aposentadoria ou a compra de um bem de valor elevado.
O professor Jurandir destaca que o ideal é começar o quanto antes. Quanto mais tempo você tem para se preparar, menor o esforço mensal necessário. Para alguém que começa aos 25 anos, por exemplo, é possível garantir uma aposentadoria tranquila poupando cerca de 10% da renda. Já quem começa aos 32 precisará destinar em torno de 17%. É a matemática do tempo a seu favor. Mas começar, não importa quando, é o mais importante.
A boa notícia é que nunca foi tão possível e acessível buscar caminhos para organizar a vida financeira. Na Warren, acreditamos que o planejamento não precisa ser complicado. A partir do seu perfil, dos seus prazos e objetivos, criamos carteiras personalizadas para cada meta, com acompanhamento próximo e estratégias que se adaptam ao seu momento.
Pensar no longo prazo pode parecer difícil hoje. Mas é justamente esse passo que garante mais liberdade, segurança e tranquilidade no futuro. A vida muda, os sonhos também. E, com planejamento, você estará mais preparado para cada nova fase. Começar agora pode fazer toda a diferença!
