A evolução das cirurgias, da videocirurgia à robótica

Cirurgia feita no hospital Marcelino Champagnat

Por: Giovani W. Mezzalira

02/03/2023 - 14:03 - Atualizada em: 02/04/2024 - 10:04

Ao longo dos anos, as cirurgias foram aperfeiçoadas e se tornando cada vez mais tecnológicas. No início da década de 90 aconteceu a primeira videocirurgia da América Latina, que foi uma retirada da vesícula biliar. Hoje, as cirurgias robóticas são uma realidade no mundo há mais de 20 anos e no Brasil há 13 anos.

O cirurgião torácico Dr. Giovani Mezzalira conta que em 2001, quando chegou a Jaraguá do Sul, após ter se formado em cirurgia geral, para um serviço na área, fez uma subspecialização em cirurgia pulmonar para criar um serviço de cirurgia torácica. O especialista afirma que se deparou com ótimos equipamentos de vídeo, comprados por três cirurgiões idealizadores que prontamente lhe acolheram e, desta forma, pode continuar a realizar a cirurgia minimamente invasiva.

Dr. Giovani Mezzalira

Ele destaca que essa técnica o levou por novos rumos, sempre à procura de obter o melhor. “Trouxe em 2016 para Jaraguá do Sul a técnica de vídeo por uma incisão, depois de passar por Shangai (China) com o criador desta, sendo o único em Santa Catarina a usá-la por muitos anos.”

Em 2000, o Sistema de Cirurgia D’Vinci abriu novos caminhos ao se tornar o primeiro sistema de cirurgia robótica aprovado nos Estados Unidos para cirurgia abdominal. A primeira cirurgia robótica no Hospital Albert Einstein e uma das primeiras do Brasil foi em 2008.

Forças Armadas Americanas, onde tudo começou

Este grande avanço foi dado pela necessidade das Forças Armadas norte-americanas, de realização de cirurgias à distância na década de 1990, com expectativa de ter braços robóticos em hospitais próximos aos fronts, enquanto nos EUA ou em outra parte do mundo, o cirurgião principal, atuando num joystick, faria o procedimento, transmitido por internet. Esses dados iriam até o robô no campo de batalha. Porém, o projeto não foi adiante, devido às limitações na velocidade de transmissão de dados e à impossibilidade de operar no campo de batalha sem que houvesse alguém que mexesse no robô in loco.

O anseio de conhecer e poder aprimorar a cirurgia minimamente invasiva para seus pacientes fizeram Dr. Giovani trilhar o caminho da robótica, que iniciou em 2017 em Orlando nos Estados Unidos da América (EUA), onde fez um treinamento com a equipe dos melhores cirurgiões robóticos do mundo.

Participação no Congresso Internacional de Cirurgia Robótica

Em 2019, fez mais uma pós-graduação por um instituto ligado a fábrica Intuitive (dona da patente do robô cirúrgico D’ Vince) que o autorizou a poder operar com o sistema robótico. O cirurgião foi fazer parte da primeira turma de pós-graduação do Brasil em cirurgia robótica no Hospital Albert Einstein, onde atua até hoje como médico titular. Hoje é possível levar os seus clientes para operar lá no Albert Einstein.

Os desafios e esperanças da robótica

“Estamos vivendo com a robótica os mesmos dilemas do início da videocirurgia no Brasil, mas não tenho dúvida que assim como a vídeo se popularizou, a robótica assumirá nos próximos 5 a 10 anos o posto de técnica ideal para muitas doenças da região torácica” ressalta.

Ele ainda pontua que não é justo o médico acreditar que algo é melhor em casos específicos e não poder oferecer o serviço aos seus pacientes. “Por isso, a partir de 2021 abrimos os horizontes cirúrgicos, que agora podem ser realizados em Blumenau, no Hospital Santa Isabel; em Curitiba, no Hospital Pilar e no Hospital Marcelino Champagnat e em São Paulo, no Hospital Albert Einsten”, explica.

Dr. Giovani, em 2022 operou 70% das suas cirurgias, de pacientes da região e de outras cidades, fora em hospitais fora de Jaraguá do Sul, já mencionados.

A cirurgia robótica se mostra muito eficiente e mais segura que as outras formas minimamente invasivas e vale todo o esforço para garantir os mínimos riscos. Muito clientes preferirem que seu tratamento seja feito em outra localidade, muitas vezes por motivos familiares, outras paras ajustar um tratamento multidisciplinar em um Hospital de referência ou por que querem um retaguarda do maior centro de referência da América Latina, como no caso do Hospital Albert Einstein.

Onde atende

O Dr. Giovani Mezzalira (CRM 8611) atende à rua João Planincheck, 1990, sala 513, no Jaraguá Esquerdo no Blue Chip Centro Executivo /Facebook e Instagram: @clin.toraco

É formado em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também se especializou em cirurgia geral. É cirurgião torácico, especializado pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, mestre em cirurgia torácica pela PUC/PR, possui certificação em Cirurgia Robótica pelo Instituto Falk (PR) e pós-graduação em Cirurgia Robótica pelo Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

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