Antídio Aleixo Lunelli, deputado estadual
A educação é a base do desenvolvimento de qualquer nação. Um povo educado está preparado para os desafios do futuro, para inovar e para transformar a realidade. No entanto, infelizmente, o Brasil tem falhado nessa missão. E por quê? Um dos principais problemas está na centralização do poder e dos recursos pelo Governo Federal, que impede Estados e Municípios de terem a autonomia necessária para oferecer um ensino de qualidade.
Os rankings internacionais de educação são alarmantes. O Brasil ocupa posições insatisfatórias, reflexo de um sistema engessado, que despeja bilhões de reais em um modelo centralizador sem obter os resultados esperados. Precisamos nos contentar com essa realidade? Ou é hora de buscar soluções mais eficazes?
A descentralização da educação tem sido uma estratégia eficaz em diversos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o ex-presidente Donald Trump propôs o fim do Departamento de Educação para devolver essa responsabilidade aos estados, fortalecendo a autonomia regional e tornando a gestão mais eficiente. Quanto mais próximo o poder público estiver do cidadão, maior será a possibilidade de fiscalização e cobrança por melhorias.
A municipalização do ensino também se mostra eficaz. Cada cidade tem suas particularidades e desafios, e os gestores municipais conhecem melhor essas necessidades. Quando Estados e Municípios têm autonomia, os recursos são aplicados de forma mais estratégica e eficiente. Estudos apontam que alunos da rede municipal têm obtido melhores notas em provas de avaliação de desempenho. Além disso, a infraestrutura escolar é melhor mantida quando administrada localmente, garantindo condições adequadas para o aprendizado.
Descentralizar a educação é apenas o primeiro passo. Precisamos modernizar o ensino no Brasil para acompanhar as transformações tecnológicas e econômicas. O ensino técnico deve ser fortalecido para preparar os jovens para o mercado de trabalho e impulsionar o desenvolvimento econômico. A formação técnica é essencial para criar profissionais qualificados e fortalecer a economia nacional.
Além disso, a integração de tecnologias como inteligência artificial no ensino pode personalizar o aprendizado e melhorar o desempenho dos estudantes. A inteligência emocional também deve ser incorporada ao currículo, formando cidadãos preparados para os desafios sociais e profissionais.
Como deputado estadual, apresentei dois projetos de lei que visam modernizar o ensino e oferecer mais oportunidades aos nossos estudantes:
Projeto de Lei 0358/2023: Propõe a inclusão da disciplina de Robótica e Programação em todas as escolas da rede estadual.
Projeto de Lei 0440/2024: Inclui a temática de Empreendedorismo e Gestão Financeira na grade curricular.
Essas são ferramentas essenciais para que os jovens possam construir um futuro melhor, com um ensino moderno e eficiente.
E nenhuma mudança educacional será eficaz sem a valorização dos professores. Precisamos garantir formação contínua, salários dignos e um ambiente de trabalho que motive os educadores. Bons professores são a base de um ensino de qualidade, e é essencial estabelecer metas claras e premiar os profissionais que se destacam.
Não podemos mais aceitar que nossos jovens continuem sendo prejudicados por um sistema educacional falho. Precisamos descentralizar, modernizar e fortalecer estados e municípios para garantir que a educação brasileira finalmente avance. Somente com uma gestão eficiente, inovadora e focada no aprendizado dos alunos conseguiremos transformar a educação em um verdadeiro pilar para o futuro do Brasil.