Novo pagamento do auxílio emergencial terá três faixas de valores

Foto: Agência Brasil

Por: Pedro Leal

23/03/2021 - 05:03

Como estratégia para conter os impactos econômicos e sociais provocados pela Covid-19, mais de 45 milhões de brasileiros devem receber as quatro parcelas do auxílio emergencial a partir do início de abril.

A informação foi dada pelo o ministro da Cidadania, João Roma, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A medida provisória que possibilita o pagamento do auxílio foi enviada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional na última quinta-feira (18).

De acordo com Roma, 46 milhões de famílias deverão ser beneficiadas com a medida.

Os benefícios desta nova rodada de pagamentos terão três valores: R$ 150 para pessoa que mora sozinha, R$ 250 para famílias geridas por homens ou casais e R$ 375 para famílias geridas por mães solteiras.

De acordo com o ministro, o investimento para o auxílio é de cerca de R$ 44 bilhões.

Segundo o Roma, o calendário detalhado será divulgado nesta semana. Terão direito ao auxílio os brasileiros já cadastrados.

“Não precisa ir às agências da Caixa Econômica, para evitar aglomerações”, disse Roma. O dinheiro será depositado na conta digital do beneficiário.

Na entrevista, o ministro também falou sobre o programa Bolsa Família.

Segundo ele, em agosto deste ano, o programa passará por uma ampliação para atender mais famílias brasileiras.

Os trabalhadores informais poderão consultar, a partir de 1º de abril, se receberão a nova rodada do auxílio emergencial, informou na última sexta-feira (19) a Dataprev, empresa estatal responsável por processar os pedidos.

As consultas poderão ser feitas no site Consulta Auxílio. Bastará o beneficiário digitar nome completo, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), nome da mãe e data de nascimento.

Na recriação do benefício, o governo não reabriu os pedidos de auxílio emergencial.

Foi aproveitada a base de dados do ano passado e a atualização do cadastro no aplicativo Caixa Tem, que começou a ser feita no último domingo (14) e segue até o dia 31.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) deste ano subiu de 4,60% para 4,71%. É a 11ª semana consecutiva de aumento.

A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (22), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,51%. Tanto para 2023 como para 2024 as previsões são de 3,25%.

Inflação [2]

Já os consumidores brasileiros acreditam que a inflação no país ficará em 5,5% nos próximos 12 meses, segundo pesquisa realizada em março pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é superior aos 5,3% observados na pesquisa de fevereiro da FGV.

Essa é a sétima alta consecutiva da expectativa mediana de inflação dos consumidores brasileiros, que atingiu seu maior patamar desde novembro de 2018.

Lucro

A Eletrobras divulgou na noite de sexta-feira (19) balanço financeiro que aponta para um lucro de R$6,387 bilhões em 2020, ano marcado pelo início da pandemia de covid-19.

O resultado é 42,6% inferior aos R$11,133 bilhões registrados em 2019.

O relatório, porém, observa que o lucro líquido de 2019 foi composto por R$ 3,285 bilhões referente a operações que foram descontinuadas, sobretudo a partir da privatização das subsidiárias distribuidoras de energia elétrica Amazonas Energia e Ceal.

Kit Intubação

Com os estoques de kits intubação das secretarias municipais de saúde em níveis críticos, o governo federal realizará reuniões nesta segunda (22) e terça-feira (23) com representantes das indústrias de medicamentos “para alerta e pedido de auxílio efetivo”.

“O governo federal, atento e preocupado com a situação do avanço dos casos de covid-19 no país, tem atuado em diversas frentes, incansavelmente, para garantir a assistência necessária a todos os estados e municípios”, informa nota divulgada hoje, em Brasília, pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Especial de Comunicação.

Automóveis

Com a crise econômica e sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), muitos setores da sociedade e da indústria foram afetados de maneira drástica.

No caso dos automóveis, apesar da superação vista em 2020 com números relativamente bons nas vendas, as montadoras começam a sentir com mais peso a dificuldade de se fabricar os carros devido à falta de componentes elétricos.

As informações são do Canaltech e do Motor1.

De acordo com análise feita pela consultoria Auto Forecast Solution, dos Estados Unidos, a produção de carros na América do Sul pode sofrer baixa de até 80 mil unidades em 2021.