“Vinganças”

Por: Luiz Carlos Prates

03/11/2018 - 12:11

Precisamos ter cuidado com nossos desejos de vingança ou de compensar frustrações na vida. Antes de dizer da nossa conversa de hoje, conto uma piadinha para melhor esclarecer aonde quero chegar.

A tal piadinha conta de uma jovem mulher que foi desprezada pelo namorado com quem ela pensava que ia casar. Gostava demais do sujeito, mas ele não a quis mais e foi namorar uma vizinha da moça.

E o que fez a jovem desprezada? Namorou o primeiro sujeito que lhe apareceu pela frente, casou com ele e só para dar ciúmes ao namorado que não a quis teve 12 filhos no casamento. Tudo par dar ciúmes ao ex…

É piada, mas é também de nos fazer pensar. Não raro na vida, sofremos tropeções, decepções, traições, o que for, e para nos vingar ou compensar o sofrimento, damos a nós mesmos severas punições. É uma forma de inconscientemente justificarmos o sofrimento por que passamos, quando, com frequência, nada tínhamos de culpados. Agora, o assunto.

Meu personagem é o Usain Bolt, lembras dele? Esse mesmo, Bolt, o jamaicano que cansou de pendurar medalhas de ouro em mundiais e olímpiadas como o melhor do mundo na corrida dos 100 metros rasos. Mas Bolt envelheceu e se aposentou após a Olímpiada do Rio, fez 34 anos, por aí, e as pernas começaram a dizer não… E o que fez Bolt? Fez uma baita bobagem: inventou de ser jogador de futebol profissional, aos 34 anos e no futebol da Austrália, onde joga pelo Central Coast.

E por que digo que Bolt fez uma baita bobagem? Porque não se deu por “vencido’, não aceitou sair das luzes da ribalta, das manchetes, não admitiu a ausência de câmeras e microfones diante dele e… agora anda pisando na bola e querendo ser um Pelé redivivo.

Coitado, que asneira está fazendo. Mas ele não está só. É muito comum esse inconformismo humano quando o tapete desaparece de sob os pés, muito comum. E isso também acontece nos casamentos, especialmente entre os artistas, “famosos”, que não admitem ser “esquecidos” ou trocados pelos amantes de até então, maridos ou quem seja. Muito comum uma bobona, para dar ciúmes ao ex ou para dizer que ainda é gostosa, se juntar a um cara muito mais novo só para cutucar o ex. Maioria dos humanos são casos clínicos, muito inseguros.

Elas

Dizem médicos americanos que – “90% dos tumores de mama são gerados por estilo de vida e 10% por genética”. Pois é, mas genética não é matemática, pode ser e pode não ser.

Quanto aos estilos de vida, bom, aí entram a odiosa reposição hormonal (que mata mulheres), pílulas anticoncepcionais, sedentarismo, alimentação venenosa e – o que os médicos não falam – mas é tão decisivo quanto um tiro de canhão: os modos de pensar e reagir na vida. Aqui estão os piores dos venenos. Mas não adianta falar.

Ouvidos

Você tem ouvidos treinados? Os delegados têm, não tente tapeá-los. Todos nós tínhamos que ter bons ouvidos, tínhamos que ser os delegados de nossas causas, sabes por quê? Porque as pessoas se revelam por todos os poros, pelos poros da língua. Nossa fala é um roteiro riquíssimo sobre nossas fraquezas, quem tiver ouvidos de escutar (mais que ouvir), vai nos pegar direitinho, não há como escapar, a língua é delatora, os delgados sabem disso. Vem daí o ditado: – Cala-te e ter-te-ão por sábio.

Falta dizer

Você, ou quem quer que seja, está falando bem de uma pessoa e ela chega… Ou, você está falando mal de alguém e o alguém chega, ufa! Melhor é calar ou falar sempre bem.