O ser humano só morre quando é definitivamente esquecido pelos vivos. Por isso, o Dia de Finados, em nosso país fundamentalmente católico, é tradicionalmente considerado um momento de reflexão e, sobretudo, de lembranças e homenagens àqueles que já partiram.
Certamente, esse 2 de novembro, terá um sentido mais profundo, por conta das consequências e efeitos da trágica e inesquecível pandemia. Cabe evidenciar que o termo “finados” significa algo que findou, acabou ou, mais precisamente, morreu.
De acordo com registros históricos, essa tradição foi instituída pela Igreja Católica, por volta do século 10, e traduz a mensagem de que os vivos devem interceder pelas almas que se encontram em fase de purificação no purgatório.
Embora o dia seja dedicado aos finados, a reflexão também cabe à vida. Naturalmente, a morte é um fato inerente à vida, mas nem por isso a aceitamos. Diante dessa realidade, cabe de forma oportuna a visão do filósofo Mario Sérgio Cortella, quando sustenta que, “nosso medo não deve ser de morrer, mas sim, de uma vida inútil, fútil e desperdiçada.”
Portanto, que esse dia seja de lembrarmos e homenagearmos nossos entes queridos, mas também, de refletirmos como estamos vivendo. Que todos possam dedicar esse dia para exercitar a paz e serenidade.