“Lesões no futebol”

Por: Daniel Antonio Wulff

30/10/2018 - 11:10 - Atualizada em: 30/10/2018 - 11:25

O futebol é a modalidade esportiva mais praticada no mundo, com participantes em todas as faixas etárias e diferentes níveis e com aproximadamente 400 milhões de adeptos no mundo, sendo que desses 30 milhões se encontram no Brasil.

A supervalorização financeira desse esporte provocou mudanças extremas, exigindo mais força, preparo físico e treino do atleta. Devido ao fato de que o índice de lesões esportivas no futebol profissional é elevado, também evoluíram as preocupações com o bem estar do atleta. Cuidados começaram a ser levados em consideração e colocados em prática, objetivando a prevenção de lesões.

O futebol requer muitas qualidades físicas que parecem ser independentes da posição do futebolista.  Capacidade de aceleração rápida, alta velocidade de corrida, boa habilidade para saltar, força explosiva dos músculos de membros inferiores e resistência de velocidade são qualidades exigidas constantemente dos atletas.

Futebol é o esporte mais popular em nosso país e que suas exigências físicas, táticas e técnicas fazem dele um esporte com grande número de lesões. O risco de lesão no futebol é elevado, levando ao afastamento do atleta. Aumentam então, as preocupações com a incidência, causas e seriedade das lesões no futebol moderno.

Os conhecimentos prévios sobre as lesões e suas consequências servem de suporte para que seja elaborado um programa preventivo adequado para cada situação. As lesões se classificam em duas categorias básicas, sendo elas traumáticas ou por excesso de uso.

Uso excessivo também denominado de overtraining; contato direto e insuficiência de partes moles. A combinação de variáveis internas e externas pode resultar em diferentes lesões no futebol, com distintos graus de incapacidade nos atletas.

Estas lesões estão baseadas nos fatores intrínsecos ou pessoais (como idade, lesão previa instabilidades articulares, preparação física e habilidade). Por outro lado, os fatores extrínsecos são a sobrecarga de exercícios, o número excessivo de jogos, a qualidade dos campos, equipamentos (chuteira, roupas) inadequados e violações às regras dos jogos como as faltas excessivas ou jogadas violentas.

As principais lesões acometidas nos atletas, ocorrem mais em membros inferiores, seguido de lesões na cabeça e coluna vertebral e por fim membros superiores com menos lesões acometidas. Sendo com mais predomínio de lesão na coxa, seguido de tornozelo e joelho. Lesões musculares são mais frequentes, seguidas das contusões, entorses, tendinites e, por fim, as fraturas e luxações.

A fisioterapia desportiva mais especificamente relacionada ao futebol possui importante papel não só no processo de tratamento e reabilitação do atleta, mas também na implementação de medidas de caráter preventivo, a fim de minimizar a ocorrência de lesões. Bem como adaptações técnicas e um bom condicionamento através de um treinamento específico.

  • Sobre Daniel Antonio Wulff
  • CRM 8535
  • Médico dos atletas e pós-graduado em cirurgia de joelho e quadril