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O Brasil precisa virar a chave

Foto: Divulgação

Por: Antídio Aleixo Lunelli

11/07/2025 - 10:07 - Atualizada em: 11/07/2025 - 10:19

O Brasil está de ponta-cabeça. Quem trabalha, produz e sustenta este país com suor e sacrifício, segue sendo tratado com descaso por quem deveria dar o exemplo.

Enquanto o agricultor planta sem saber se vai colher, o caminhoneiro encara estradas esburacadas, e o pequeno empresário se afoga em impostos, a alta cúpula da máquina pública vive cercada de privilégios que envergonham a República.

Só nos primeiros cinco meses deste ano, o Conselho Nacional de Justiça gastou R$ 3,4 milhões com penduricalhos para juízes auxiliares. E isso é só a ponta do iceberg.

Em 2024, os chamados “extras” — pagamentos acima do teto constitucional — somaram cerca de R$ 11 bilhões, um aumento de quase 50% em relação ao ano anterior. Isso não é política pública. É escárnio.

Enquanto isso, o cidadão comum:

  • paga um dos combustíveis mais caros do mundo,
  • enfrenta filas intermináveis no SUS,
  • vê seu salário derreter mês após mês,
  • e luta com um custo de vida que não para de subir.

A desigualdade no Brasil deixou de ser apenas econômica: tornou-se institucionalizada. O teto constitucional virou piso para alguns e miragem para a maioria. A meritocracia foi trocada por conexões. A regra virou injustiça, e a exceção se tornou regra.

E o problema é dos três Poderes! Não dá mais para tapar o sol com a peneira. O problema não está apenas no Judiciário — ele atinge os três Poderes da República.

No Executivo, o governo foge da responsabilidade fiscal, ignora a urgência de uma reforma administrativa e prefere distribuir benesses eleitorais em vez de enfrentar os verdadeiros gargalos do país. Mantém uma máquina pública inchada, cara e ineficiente, como se o dinheiro público não tivesse dono.

No Legislativo, surgem propostas que afrontam o bom senso, como o aumento no número de deputados. Mais cargos não significam mais representatividade. Significam mais custos para o contribuinte, que já não aguenta mais pagar essa conta. O Parlamento precisa ser instrumento de mudança, não um balcão de negócios.

No Judiciário, acumulam-se penduricalhos, auxílios de toda ordem, férias de 60 dias e retroativos milionários. E, como se não bastasse, decisões cada vez mais políticas, que extrapolam os limites constitucionais e ferem a independência entre os Poderes.

É hora de cortar na própria carne!

O povo brasileiro está cansado. Cansado de sustentar privilégios no topo enquanto falta dignidade na base. Chega!

O recurso público não é herança de família nem moeda de troca. É dinheiro sagrado, que vem do suor de quem planta, transporta, empreende e acorda cedo todos os dias acreditando no Brasil.

 

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Antídio Aleixo Lunelli

Antídio Aleixo Lunelli é deputado estadual pelo MDB. Fundador do grupo Lunelli, foi prefeito de Jaraguá do Sul.