Não se discute a vontade de Deus, expressa em Gênesis 6.3, em que é citado o limite de 120 anos para a vida humana. A pergunta, apenas, é: seria interessante para a família e a sociedade, alguém viver para sempre?
O Departamento de Energia dos EUA anunciou, recentemente, uma conquista histórica: pela primeira vez, em um processo de fusão de átomos, cientistas conseguiram – utilizando o mesmo princípio de produção de energia do sol – dar inédito passo rumo à “energia limpa infinita”.
Esse processo gera quase 4 milhões de vezes mais energia do que o carvão, petróleo ou gás, o que, certamente causará um impacto econômico e geopolítico, que alterará o curso da humanidade em um futuro não tão distante.
Tomara que este domínio pelo ser humano seja para fins pacíficos. Isto lembra Fredemar Rüncos PhD/Dr.Ing, da WEG: “em toda a sua sabedoria, a natureza divina fornece as leis que regem o universo, cabendo à tecnologia a otimização dos benefícios dessas leis, minimizando restrições e mantendo o equilíbrio da natureza. Tudo porque embora a natureza traga benefícios, ela também exige responsabilidade”.
Mais uma impressionante vanguarda tecnológica: implante de chips cerebrais, proporcionando a interface cérebro-máquina, tornando possível que uma pessoa, por exemplo, controle o cursor de um computador com o pensamento.
Enfim, o desenvolvimento tecnológico parece não ter limite-fim-apocalipse, ainda mais que massa e energia são interconversíveis (E = m. c2): a massa ‘m’ de um corpo em repouso multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz (c = 300.000 km/s) é a energia contida nessa massa.
Ixxxx … será que ainda surgirá o transporte de pessoas por desintegração e reintegração? Por exemplo, alguém entrar numa cabine em JS, ser desintegrado e, nano segundos depois, reintegrado noutra cabine no Japão?
Bah … e se o sinal 10G cair ou sofrer alguma interferência? Será que, indevidamente, um homem poderá virar mulher e vice-versa?
Todo esse avanço tecnológico ocorre desde o início dos tempos. A torre de Babel, por exemplo, é uma prova surpreendente do fascínio do ser humano pela tecnologia e engenharia. Já naquele tempo, queria-se “fazer uma torre alta o bastante para chegar aos céus” (Gênesis 11).
Frente a tanto avanço sem limite da tecnologia, que tal pensar na vida eterna, na vida sem fim? Para isso, ciência e teologia precisam continuar caminhando juntas, pois nem tudo pode ser explicado só com fatos, mas, também, via alguma transcendentalidade.
No cap. 6.3 do livro de Gênesis, por exemplo, o Senhor disse: “por causa da perversidade do homem, meu espírito não contenderá com ele para sempre: ele só viverá cento e vinte anos”.
Mas, não seria interessante para a família e a sociedade, alguém viver sempre? A pronta resposta é: não!, pois, faltaria mais comida, mais espaço e mais oportunidades de trabalho a mais gente ainda!
Seria tanta gente competindo entre si que a integridade humana ficaria sob enorme risco, pois dos atuais 8 bilhões de habitantes no mundo, logo seríamos 20, 30, 40 bilhões …
Ou seja, as dores e sofrimentos no mundo seriam ainda maiores do que no atual ciclo natural nascer-viver-conquistar-chegar ao fim da vida na terra.
Isto é, com uma vida eterna na terra, seria muito mais difícil concretizar o propósito divino ao criar o mundo, “de todos viverem unidos e em paz” (Salmo 133). Ainda, seria impossível mudar-se para ao lado Dele, onde profetizam ser a vida … muito melhor, “plena de alegrias e sem nenhum tipo de sofrimento” (Apocalipse 21).
Enfim, que tal esquecer, por ora (ou para sempre), o debate sobre o nosso prazo de validade, e deixar tudo nas ‘mãos do destino’ (sobre imprevisibilidade e infinitude) e nas ‘palavras do Supremo’ (sobre finitude e retorno à casa Dele)?!?
Com a colaboração de Glebson Gil Fernandes Costa, Pastor Luterano
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Também, com dedicatória personalizada, diretamente com o Autor
Emílio Da Silva Neto
(Governança, Profissionalização e Sucessão Empresarial Familiar) [email protected] / 47 9 9977 9595)