Por Nelson Luiz Pereira_conselheiro editorial do OCP
O setor da construção civil sempre assumiu uma posição importante na matriz econômica brasileira. Representando mais de 6% do PIB (Produto Interno Bruto), esse setor movimenta uma vasta cadeia de produtos e serviços, além de ser um grande gerador de empregos, impactando de forma considerável na oxigenação e crescimento da economia.
Dada sua natureza peculiar, é extremamente sensível às variáveis comportamentais do mercado, sendo um dos primeiros setores a sentir as crises, mas, por outro lado, um dos primeiros a sair delas.
Importante considerar, entretanto, que, no contexto geral, a pandemia afetou severamente a economia brasileira em 2020, mas sendo levemente afetado o setor da construção civil. Isso se pode explicar em função de uma variável nada convencional.
O isolamento social provocado pelo coronavírus, mantendo as pessoas confinadas em seus lares, alimentou uma bolha de demanda por reformas e ampliações de imóveis. No entanto, com o advento da vacina, e tendência de retorno à normalidade, as expectativas para o ano de 2021, continuam se retroalimentando e se mantendo muito promissoras.
Focando especificamente nossa realidade local, o primeiro trimestre de 2021 registrou expressivo crescimento na emissão de alvarás de construção e de registro de consultas para novas obras no município.
Se comparado com primeiro trimestre de 2020, essa variação foi de 68%, portanto, significativa. Conjugado a essas variáveis motivadoras já apontadas, não se pode ignorar, também, o importante trabalho que tem sido executado pela Secretaria de Planejamento e Urbanismo, reduzindo e simplificando processos burocráticos, buscando incentivar e impulsionar esse setor e, consequentemente, a economia.