“Do tempo em que existia um tempo para cada coisa!”

Por: Zeca Jr.

05/03/2021 - 00:03 - Atualizada em: 05/03/2021 - 00:23

Noite de terça-feira, eu brilha no centro da mesa de jantar, uma deliciosa garrafa pet de Coca-Cola dois litros, desafiando todos os olhares, instigando o paladar de todos que estavam em volta da sagrada mesa das refeições.

Isso é coisa de agora, pois quem é da minha geração, sabe que para se abrir um refrigerante, deveria se ter uma ocasião especial, ou era um aniversário, uma festa ou mesmo num almoço de domingo.

Lembro muito bem do final dos anos 70, início dos anos 80, quando aos domingos meu pai dizia: “Hoje vamos almoçar na Churrascaria Espeto de Ouro!” Quanta alegria, irmos almoçar fora num dia de domingo. Lembro como se fosse hoje, meu pai fazendo o pedido ao garçom: “Traz uma pinguinha, uma cerveja Brahma e uma Coca Família.”

Sim, a Coca-Cola na época em garrafa de vidro de um litro, recebia o codinome de Família. O que eu acho interessante é que naquele tempo o conteúdo de apenas uma garrafa da bebida era o suficiente. Nos dias atuais, seria como tivéssemos aberto duas garrafas de refrigerante e na maioria dos casos não é o suficiente.

Acredito que fomos criados aprendendo a nos contentar com o pouco, por isso para a geração de hoje, nada é o suficiente. Além do mais, tínhamos datas específicas para fazer as coisas, por isso dávamos tanto valor a tudo o que nos era ofertado.

Partindo desse mesmo pressuposto, na atualidade, se quisermos comer pipoca, é só pegar um daqueles saquinhos oferecidos com diversos sabores nos mercados, colocar no microondas em três minutos ela já pode ser servida.

No meu tempo, se quiséssemos comer pipoca, é claro que tínhamos o milho em casa, mas teríamos que ir à Missa no domingo, esperar o final da celebração, só que já no meio da Missa, aquele cheirinho vindo do carrinho do Seu Zeca e sua esposa Ondina, ou da Dona Elza e sua filha Sandra, já invadiam a Igreja, sendo difícil nossos pais terem controle sobre nós…

Ah, como éramos felizes com o pouco que tínhamos, afinal de contas, o pouco era muito e esse pouco tinha data e hora para acontecer, não como na atualidade, que elas acontecem com um simples estalar de dedos, daí elas perdem aquele sabor que tinha a Coca Família, ou aquele simples saquinho de pipoca ao final da Missa.

Isso não quer dizer que não poderíamos ter as coisas, mas sim, que cada coisa tinha o seu momento certo, por isso é que dávamos mais valor a elas.

Acredito que essa desvalorização das coisas acontece porque quando queremos uma coisa é muito mais fácil adquiri-las, não existindo um tempo certo para elas. Hoje o Natal já é falado a partir de outubro, tem o primeiro “mesversário” da criança, o dia disso, o dia daquilo, sendo que muitas vezes, as pessoas se perdem em meio a comemorações tão banais que quando é o dia da grande comemoração não existe mais motivos ou graça para fazê-la.

infelizmente a sociedade tornou-nos consumistas e imediatistas, temos que ter tudo para ontem, não importa o preço que tenhamos que pagar. Queria que as coisas voltassem a ser como antes, nem que pra isso, eu tivesse que abrir mão da minha Coca-Cola em plena noite de terça-feira.

No Pirata

Obedecendo ao Lockdown, o Pirata não abrirá suas portas neste final de semana.

Mais uma final de semana de lockdown aqui no estado e consequentemente, o Pirata obedecendo as determinações advindas do decreto não abrirá suas portas nesse final de semana. Com certeza, temos muito que nos cuidar pois a situação não está nada fácil.

Precisamos aguentar firmes mais um pouco para que possamos em breve estarmos nos reunindo novamente, com muita alegria, boa música e aquela cervejinha sempre gelada que é praxe da casa.

Temos que nos cuidar

Cuidados redobrados, consigo mesmo e com os outros também.

essa semana fui ao Supermercado e na fila atrás de mim chegou um cara com uma caixa de latinhas de cerveja nas mãos acompanhado de um amigo. Apesar da marcação no chão, o cara praticamente colou em mim. Virei pra trás, com cara de poucos amigos e o amigo do cara vendo meu semblante falou: “fulano, olha a marcação no chão, obedeça ao distanciamento!” O fulano fez um gesto com a mão tipo: “Ah, isso é besteira…”

Virei pra trás e disse para ele: “Meu amigo, não é só por mim, é por você também! Se você não quer se cuidar, eu me cuido!”

Infelizmente, tem gente que ainda não entendeu a gravidade da situação.

Além de cuidarmos de nós, temos que cuidar do outro também!

Amoração

A Associação dos Voluntários do Hospital São José, promovendo mais um bazar beneficente que acontece de 11 a 13 e também nos dias 19 e 20 de março. Você pode adquirir roupas, acessórios calçados, tudo por um precinho pra lá de especial e de quebra ainda, auxiliar a associação dos voluntários que prestam um maravilhoso trabalho dentro do nosso Hospital.

Vale a pena lembrar que para o acesso ao bazar, devem ser obedecidos todos os protocolos de segurança, como o uso de máscaras, distanciamento e o álcool em gel.

Fica o toque para que o bazar mudou de endereço, agora funciona na Rua Padre Pedro Francken, 250, na Rua do Terminal Rodoviário, próximo ao Restaurante Madalena.

Vamos embora que a litorina não espera.
Até semana que vem!