O Brasil passa por uma crise muito mais grave do que apenas econômica ou política. Vivemos um colapso moral. A verdade perdeu valor, a justiça virou instrumento político e o certo e o errado passaram a depender da conveniência de quem está no poder, ou de quem julga. Não se trata mais de ideologia, mas de ética. De caráter. De vergonha na cara.
A anulação das condenações do ex-presidente Lula, feita pelo Supremo Tribunal Federal em 2021, é um marco dessa inversão de valores. Um homem condenado por corrupção, que cumpria pena, teve sua ficha “limpa” por uma canetada, voltou ao poder e hoje governa o Brasil. A consequência? Milhões de brasileiros perderam a confiança na Justiça. A impunidade virou regra. E o crime, para muitos, compensou.
Hoje, o STF deixou de ser o guardião da Constituição para se tornar um ator político. O que deveria ser equilíbrio, virou imposição. Quem discorda, é perseguido. Não se trata de respeitar ou não o Judiciário — trata-se de exigir que ele cumpra seu papel com imparcialidade e respeito à Constituição. A democracia brasileira está ferida, e boa parte disso se deve ao ativismo judicial.
Na outra ponta, agora querem aumentar o número de deputados. Mais políticos, mais salários, mais assessores, mais gastos. O que era para ser justiça com Santa Catarina (pela lei o estado teria direito a mais quatro deputados federais por conta da população, mas outros estados que perderam habitantes nos últimos anos teriam vagas diminuídas, assim o número total não aumentaria). Mas a falta de bom senso e a falta de responsabilidade com dinheiro público vai fazer com que a conta que pagamos fique ainda mais cara. Absurdo.
Enquanto isso, o povo vive sem muitas perspectivas. Os juros são os mais altos da história. A inflação segue subindo e tirando o poder de compra das famílias. A corrupção também voltou com força total. O escândalo do INSS, que desviou bilhões de reais de aposentados e idosos, é mais uma amostra do descaso com os mais pobres. Enquanto isso, sindicatos aliados ao governo enchem os bolsos. É um sistema que destrói a esperança do trabalhador, do empresário, do cidadão honesto. O governo deveria proteger o povo, mas prefere proteger os seus.
É preciso recuperar os valores como respeito, verdade, trabalho, justiça, honestidade. Não há país possível onde o certo e o errado sejam definidos por interesses partidários ou decisões de ocasião. O Brasil precisa de uma nova consciência moral. E isso começa por cima — nas instituições, no governo, no exemplo que vem dos líderes.
Eu acredito no Brasil. Acredito que ainda há tempo de corrigir o rumo. Mas isso exige coragem. Exige reconhecer erros, punir culpados e valorizar quem faz a coisa certa. Não é com censura, com corrupção ou com conchavo que vamos reconstruir o país. É com verdade. Com justiça. Com respeito às leis e à liberdade.
O Brasil que eu quero é um Brasil onde o cidadão honesto seja respeitado, onde o criminoso seja punido e onde os três poderes cumpram seus deveres sem invadir os dos outros. Um Brasil onde vale a pena ser correto. Um Brasil onde a ética volte a ser a base da vida pública.
Esse é o Brasil que eu vou continuar defendendo.