Guilherme Rech está de casa nova na temporada 2024/2025 do voleibol brasileiro. O jaraguaense de 23 anos foi emprestado pelo Sada Cruzeiro, de Belo Horizonte (MG), ao Praia Clube, de Uberlândia (MG), por um ano.
O central de 2,04m tem vínculo com o Cruzeiro desde 2017 e vem de uma temporada em que mais atuou entre os titulares após convocações à seleção brasileira e lesões dos centrais Lucão e Otávio.
Com bom desempenho ao longo de 2023/2024, inclusive conquistando um Troféu Viva Vôlei de melhor jogador de uma partida na Superliga, o jovem optou por procurar novos ares para ganhar mais minutos em quadra.
“Fui bem nos jogos e curti ter essa responsabilidade. Falei com meu empresário que queria jogar mais e teve algumas propostas, mas a melhor com certeza foi do Praia. Estou bem feliz com a estrutura e perspectivas de futuro”, disse.
Pela primeira vez, o tradicional clube mineiro terá times nos dois naipes da elite do vôlei nacional, com o masculino fazendo companhia ao já consolidado e multicampeão projeto feminino.
O Praia tinha uma parceria com a cidade vizinha de Araguari, que carregava o nome da equipe masculina nos últimos quatro anos. Porém, o clube de Uberlândia resolveu assumir o controle total do time e iniciou os treinos há três semanas.
“Fiquei surpreso com o tamanho do clube quando cheguei. Tem tudo e todos os esportes, até brincam que é a Disney do esportista. Mas faltava o vôlei masculino, já que o feminino sempre foi muito forte”, ressaltou Rech.
O elenco comandado por Fabiano Magoo traz nomes renomados como o oposto Franco e o ponteiro Lucas Lóh, além de promessas com certa bagagem, como o próprio Guilherme Rech. A estreia será pelo Campeonato Mineiro no dia 30 de agosto, contra o Monte Carmelo, fora de casa, enquanto a Superliga começará em outubro.
“Estamos com um elenco bem forte para brigar por coisas boas. Lógico que não somos favoritos, mas temos boas peças e uma mescla boa de jovens com potencial e atletas já consolidados. Espero pegar experiência de quadra e terminar a temporada com a sensação de evolução na carreira”, finalizou o jaraguaense.
História no vôlei
O primeiro contato de Guilherme Rech com o vôlei foi aos 9 anos de idade, na Escola Machado de Assis, no bairro João Pessoa. E não demorou muito para que o talento da ainda criança na época fosse detectado.
No tradicional Encontro de Polos do voleibol de Jaraguá, o menino foi chamado pelo professor e idealizador do projeto Evoluir, Benhur Rosado Sperotto, para entrar na equipe de base da cidade. Um passo que fez a carreira nas quadras começar a deslanchar.
Após quatro anos jogando pela sua terra natal, o jaraguaense defendeu Timbó por uma temporada e deixou Santa Catarina, aos 15 anos, para atuar no AABB Sada, do Rio de Janeiro.
Até que, em 2017, surgiu o convite para compor a base do Cruzeiro, clube que detém seus direitos desde então. Neste período, também jogou emprestado no Lavras (MG), Ribeirão Preto (SP) e Araguari (MG), além de ter passagens pela seleção brasileira de base.